A precipitação média espacial, acumulada no mês de novembro de 2015, baseada nas redes pluviométricas cobrindo as sub-bacias de captação do Sistema Cantareira (6 pluviômetros do DAEE e 30 pluviômetros do CEMADEN), foi de 179,7 mm (174,0¹ mm), o que representa 109,7% (106,2%¹) da média climatológica do mês (160,4¹ mm).
A vazão média afluente ao Sistema Cantareira (Sistema Equivalente + Paiva Castro) no mês de novembro de 2015, foi 34,82 m³/s. Para o mesmo período, a extração média de água do Sistema Cantareira foi de 13,91 m³/s.
O Sistema opera hoje, 25 de novembro de 2015, com 14,6% do volume total autorizado (1269,5 hm³), correspondente ao volume útil mais as duas reservas técnicas (volume morto 1 + volume morto 2).
As previsões baseadas no modelo ETA/CPTEC/INPE, no modo de conjunto, indicam possibilidade relativamente baixa de ocorrência de chuva nos próximos três dias. Contudo, não se descarta a ocorrência de pancadas localizadas, especialmente no período da tarde-noite. A partir do próximo final de semana a passagem de uma frente fria de fraca intensidade pelo oceano deverá aumentar a possibilidade de ocorrência e a intensidade da chuva.
¹ De acordo com o site da SABESP, http://www2.sabesp.com.br/mananciais/.
Figura 1. Precipitação observada acumulada (em mm) nos pluviômetros do CEMADEN e DAEE/SAISP nas sub-bacias de captação do Sistema Cantareira (contornos em preto). As cores representam alturas topográficas com relação ao nível do mar de acordo com a escala da direita. (*) pluviômetros sem dados em alguns dias.
Figura 2. Previsão de precipitação acumulada em mm nos próximos 3 e 7 dias para a bacia de captação do Sistema Cantareira, segundo a previsão por conjuntos (média de 7 previsões semelhantes em que a cada previsão é iniciada com o estado da atmosfera ligeiramente diferente) do modelo numérico Eta/CPTEC/INPE. A área da bacia de captação do Sistema Cantareira é indicada na Figura com linha preta espessa.
A Figura 3 mostra a projeção da vazão média mensal afluente em m³/s do modelo hidrológico PDM/CEMADEN (Probability-Distributed Model/CEMADEN), usando a previsão de precipitação do modelo ETA para os próximos 7 dias e, na sequência, considerando 5 cenários de precipitação: média climatológica, 25% abaixo, 50% abaixo, 25% acima e 50% acima da média climatológica, até 31 de dezembro de 2015. Nesta nova simulação foram incluídos cenários de temperaturas máximas e mínimas.
Figura 3. As linhas tracejadas apresentam cinco projeções de vazão média mensal afluente, em m³/s, ao Sistema Cantareira (Sistema Equivalente + Paiva Castro) com a previsão do ETA/CPTEC/INPE para os próximos 7 dias e, na sequência, para os cenários: precipitação 50% abaixo da média climatológica (linha vermelha), 25% abaixo da média climatológica (linha amarela), na média climatológica (linha cinza), 25 % acima da média climatológica (linha verde) e 50% acima da média climatológica (linha azul). O início das projeções corresponde à vazão média prevista para os próximos 7 dias e na sequência para a vazão projetada para cada cenário. A linha preta corresponde à vazão média mensal climatológica para o período 1930-2013, em laranja à vazão média mensal de abr/2014 a mar/2015 e em roxo de abril a 26 de novembro de 2015
Da análise da evolução hipotética das chuvas até 31 de março de 2016, usando as simulações do modelo hidrológico (Figura 3) e considerando a extração total do Sistema Cantareira igual a 17,0 m³/s para novembro de 2015 (segundo Comunicado Conjunto ANA-DAEE 249) e, 17,0 m³/s para o período de dezembro de 2015 a março de 2016, para um cenário de precipitações pluviométricas 50% abaixo da média climatológica, o chamado volume morto 2 não seria utilizado novamente antes de 31 de março de 2016. Para um cenário de precipitações pluviométricas 25% abaixo da média climatológica, o chamado volume morto 1 seria recuperado em 64 dias. Para um cenário de precipitações pluviométricas na média climatológica, o chamado volume morto 1 seria recuperado em 48 dias. Para um cenário de precipitações pluviométricas 25% acima da média climatológica o chamado volume morto 1 seria recuperado em 37 dias. No cenário de precipitações pluviométricas 50% acima da média climatológica o chamado volume morto 1 seria recuperado em 32 dias (vide tabela resumo).
² PDM/CEMADEN é um modelo hidrológico implementado no CEMADEN para calcular a vazão afluente na bacia de captação do Sistema Cantareira. Utiliza dados diários de precipitação e evapotranspiração potencial para calcular vazão afluente.
Resumo das previsões para o período de 26/novembro/2015 a 31/março/2016 para os cinco cenários de precipitação, considerando a extração total (Qesi + Qjus) constante igual a 17,0 m³/s para novembro de 2015 (segundo Comunicado Conjunto ANA-DAEE 249) e, 17,0 m³/s para o período de dezembro de 2015 a março de 2016.
Cenários Precipitação | |||||
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50% abaixo | 25% abaixo | Média | 25% acima | 50% acima | |
Dias de uso do volume morto 1 | >128 | - | - | - | - |
Dias para recuperar o vol. morto 1 | - | 60 | 46 | 35 | 31 |
% do volume total autorizado (1269,5 hm³) em 01/dez/2015 | 15,3% | 15,3% | 15,3% | 15,3% | 15,3% |
% do volume total autorizado (1269,5 hm³) em 31/mar/2016 | 19,8% | 29,8% | 42,8% | 57,0% | 73,6% |
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