São significativos, no Brasil, o número e a intensidade dos desastres naturais provocados, especialmente, por inundações, enxurradas e deslizamentos, que ocasionam, além de mortes, severas perdas econômicas, destruição de moradias e de infraestrutura. Isso levou, em 2011, a mobilizações nos governos e na sociedade. No Governo Federal buscou-se a consolidação de um programa multissetorial, que permitisse a atuação coordenada entre os órgãos envolvidos nas questões relativas à gestão de monitoramento e alertas, alarme e articulação, resposta e mobilização.
Para consolidação do Sistema Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, o Cemaden foi criado com intuito de, em parceria com várias instituições, implementar, complementar e consolidar a rede de instrumentos meteorológicos, hidrológicos e geotécnicos para monitoramento ambiental. Além de dados advindos dos pluviômetros automáticos, são analisados os dados obtidos por radares meteorológicos, de plataformas para monitoramento de umidade de solo e de pluviômetros semiautomáticos distribuídos nas comunidades em áreas de risco.
Os resultados das pesquisas e ferramentas desenvolvidas no Centro, a disponibilidade de dados providos pela rede do Cemaden e pelas redes de outras instituições federais e estaduais, somados à disponibilização de um grupo de profissionais com conhecimentos em meteorologia, geologia, hidrologia e desastres naturais, permitem o envio antecipado de alertas de desastres naturais para áreas de risco localizadas em todas as regiões do território nacional, abrangendo uma população estimada em 90 milhões de habitantes.
O Cemaden opera 24 horas por dia, sem interrupção, monitorando, em todo o território nacional, as áreas de risco de 957 municípios classificados como vulneráveis a desastres naturais. Entre outras competências, envia os alertas de desastres naturais ao Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), do Ministério da Integração Nacional (MI), auxiliando o Sistema Nacional de Defesa Civil.