A Figura I mostra o risco de seca para o plantio realizado no mês de agosto/21, o qual indica que mais da metade dos municípios que estão em mês de plantio (1.684), segundo a Conab, apontaram risco muito alto. Esses municípios estão respectivamente distribuídos nos estados do Paraná (216); Rio Grande do Sul (304); São Paulo (410); Amazonas (23); e Mato Grosso do Sul (10). Considerando ainda o plantio no mês de agosto, 47 municípios foram considerados com risco alto, todos em São Paulo, e 180 municípios com risco moderado, distribuídos nos estados: Amazonas (1), Mato Grosso do Sul (21), Paraná (43), Rio Grande do Sul (12) e São Paulo (103). Ressalta-se que de acordo com o calendário da Conab, a região Nordeste não estava em período de plantio de feijão no mês de agosto. A Figura II mostra o risco de seca considerando o plantio realizado em julho, que tem como seu período crítico do ciclo, o mês de agosto. Nesse contexto, quatro municípios foram classificados com risco muito alto: Formosos do Araguaia (TO), Novo Santo Antônio (MT), Ipueiras (TO) e Oliveira de Fátima (TO). Além desses, 86 municípios foram classificados como risco alto e 340 municípios como risco moderado, sendo a maior parte deles, no estado de São Paulo (27 e 157 respectivamente). Por fim, a Figura III destaca apenas os estados e municípios onde o calendário de plantio teve o início no mês de junho e, portanto, encerraram o ciclo em agosto. Esse ciclo finalizou com 239 municípios apresentando risco muito alto, sendo distribuídos nos estados do Bahia (52), Goiás (29), Minas Gerais (134), Mato Grosso (1), Pernambuco (5), São Paulo (3) e Tocantins (15). Outros 621 municípios apresentaram risco alto e 917 risco moderado, sendo respectivamente: 115 e 106 municípios na região Centro-Oeste, 152 e 201 na região Nordeste, 56 e 80 na região Norte, e 298 e 530 na região Sudeste. A região Sul, de acordo com o calendário da Conab, não tem plantio da cultura no mês de junho. Ressalta-se que o índice é específico para cultura de feijão/milho (ciclo de 90 dias) e o risco é calculado por meio de variáveis ambientais e socioeconômicas, portanto, os mapas mostram municípios onde o sistema de agricultura familiar pode ser impactado pela seca. Destaca-se ainda que as regiões da Figura I e II, com safra vigente, finalizarão o ciclo do feijão no mês de setembro e outubro, respectivamente; e os municípios categorizados com risco moderado a muito alto são aqueles com maiores chances de um possível impacto na agricultura familiar.