Foi apresentado o sistema nacional de monitoramento e emissão de alerta de risco de desastres socioambientais pelo diretor do Cemaden, Osvaldo Moraes para representantes de 84 países membros da ONU, durante o Workshop técnico, realizado em Bonn, Alemanha, sobre Processo de Monitoramento pelo Acordo de Sendai. O sistema brasileiro despertou o interesse de vários países, pelo nível de detalhamento do alerta e precisão na área de risco monitorada.
O diretor Osvaldo Moraes, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – a convite do Chefe do Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNISDR), David Stevens – participou do Workshop Técnico sobre Lançamento do Processo de Monitoramento pela estrutura do Acordo de Sendai e, também, coordenou uma das plenárias no tema sobre sistemas de monitoramento, emissão de alerta e avaliações de risco de desastre.
A reunião de trabalho ocorreu entre 6 a 8 de dezembro, na cidade de Bonn, Alemanha, reunindo 170 representantes de países, agências das Nações Unidas, organizações intergovernamentais e setores de interesse do tema. O objetivo foi o de compartilhar os conhecimentos e conhecer os requisitos do Relatório da Implementação do Quadro de Sendai para a Redução do Risco de Desastres, adotado em março de 2015.
O sistema de monitoramento dos 958 municípios brasileiros considerados prioritários, as áreas de riscos de desastres mapeadas, bem como o processo de emissão de alerta do Cemaden – apresentado pelo diretor Osvaldo Moraes- despertou a atenção de vários países.
“Os países ficaram impressionados com o detalhamento das informações e precisão do local de área vulnerável, contidos no alerta emitido sobre risco de desastres.”, informa o diretor do Cemaden. Ele explica que, enquanto a maioria dos países emite um aviso meteorológico para uma área abrangente, o alerta brasileiro vem com informações detalhadas e localizadas sobre a vulnerabilidade dos riscos geo-hidrológico e social. “A informação sobre a precisão do local e da área vulnerável ocorre pela rede observacional do Cemaden e dos parceiros. E o conhecimento detalhado das áreas de risco se dá pelo trabalho de mapeamento realizado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM).”, explica o diretor.
Sobre o evento e o relatório sobre o Monitoramento pela estrutura do Quadro de Sendai
Durante a reunião técnica ocorrida em três dias, foi lançado o documento sobre o Processo de Monitoramento na Estrutura Sendai. Os participantes conheceram esse sistema, incluindo como alimentar os dados, capacidades analíticas e níveis de aplicação a nível local, nacional, regional e global. Alguns países também apresentaram os seus progressos até à data na implementação do Quadro de Sendai.
A área de foco do workshop técnico da UNISDR realizado em Bonn, foi discutir sobre os indicadores para medir as metas que buscam reduções substanciais em mortalidade, número de ocorrências e impactos, perdas econômicas e danos à infraestrutura, entre outras. Ficou estabelecido que, até 2020, seja alcançado um aumento substancial no número de países empregando estratégias nacionais e locais para a redução de risco de desastres.
Também estão foram definidas as metas globais sobre o reforço da cooperação internacional para a implementação do Quadro de Sendai, bem como sobre o aumento da disponibilidade e do acesso : a sistemas de alerta antecipados de variados tipos de desastres, a informações e às avaliações de risco de desastres.
A equipe de apoio da UNISDR para o processo de monitoramento pelo Quadro de Sendai está sediada em Bonn, e vem trabalhando no relatório sobre impactos e perdas de desastres de 2017, para que seja concluído até 31 de março de 2018. O documento servirá de base para a implementação das metas de desenvolvimento sustentáveis (SDG, em inglês) no Fórum Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável, a ser realizado em julho do próximo ano, focando o tema : “Transformação para sociedades sustentáveis e resilientes”.
Mais informações sobre o Workshop Técnico da UNISDR, as apresentações, discussões e documentos, pelo endereço eletrônico:
https://www.unisdr.org/we/inform/events/55594
(Fonte : Ascom-Cemaden com UNISDR)