Para o aprimoramento da gestão e monitoramento das bacias hidrográficas, foi finalizado um Acordo de Cooperação Técnica entre o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – a Agência Nacional de Águas (ANA) e o Departamento de Água e Energia do Estado de São Paulo (DAEE). Os aspectos técnicos de integração entre o sistema do Banco de Dados das instituições foram definidos para a integração da gestão hidrográfica.
A ANA apresentou ao setor de Operação e Modelagem do Cemaden a metodologia de classificação de bacias hidrográficas com bases na configuração natural do sistema de drenagem. Essa metodologia de codificação de bacias hidrográficas foi criada pelo pesquisador brasileiro Otto Pfafstetter, na década de 1980, e vem sendo utilizada pela ANA e por diversos países no mundo.
O procedimento adotado pela ANA para a construção da base hidrográfica denominada “ottocodificada” oferece economia de dígitos do código, a possibilidade de detalhamento em escalas maiores e a representação hierárquica da rede, trazendo informação topológica da bacia e sua aplicabilidade global. Com essa técnica, é possível aprimorar a gestão hidrográfica e o controle das atividades implementadas na região, identificando o rio principal dentro da bacia hidrográfica e o tipo de conexão com as demais bacias.
A reunião entre as instituições ocorreu na última quarta-feira (02/12) na sede do Cemaden no Parque Tecnológico, em São José dos Campos, participando o Coordenador-Geral de Operações e Modelagem, pesquisador Eduardo Mario Mendiondo, o especialista em Recursos Hídricos, João Carlos Carvalho, da Agência Nacional de Águas (ANA) e os técnicos de Informática e Engenharia do DAEE, Diego Monteiro e Stephanie Becker.
O novo Acordo de Cooperação Técnica entre o Cemaden, a ANA e o DAEE inclui a integração da base de dados hidrometeorológicos e telemétricos, além da gestão e utilização dos recursos hídricos de forma correta. O acordo define a articulação interinstitucional, visando o aprimoramento dos serviços de emissão de alertas e gerenciamento de riscos e desastres naturais, como no caso da previsão de cheias ou inundações.