Uma proposta metodológica de análise de vulnerabilidade da população no contexto de monitoramento e alertas de desastres naturais, utilizando os dados demográficos da população das áreas vulneráveis associados às informações sobre a infraestrutura, foi apresentada pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), durante a reunião realizada pelo Ministério do Meio Ambiente e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para tratar sobre “Indicadores de Vulnerabilidade da População à Mudança do Clima em Abordagem Territorial”, ocorrida em Brasília, nos dias 25 e 26 de março.
A metodologia, desenvolvida pelo Cemaden em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), associa dados censitários às áreas de risco de movimento de massa e inundação monitoradas, para produzir uma base de dados a qual permita caracterizar a população em áreas de risco a partir dos dados do Censo Demográfico 2010.
Com o cruzamento de variáveis e definição de indicadores de vulnerabilidade, o método busca identificar áreas de especial atenção, em função da combinação entre a capacidade de resposta e a exposição da população nas áreas de risco, diante da severidade dos processos geodinâmicos.
Considerando que as populações estejam expostas em diferentes graus de vulnerabilidade, torna-se relevante o conhecimento sobre a população potencial a ser atingida em caso de desastres naturais, em especial para subsidiar o apoio a todas as etapas de gestão de risco e resposta a desastres naturais (prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação).
Todas as discussões científicas abordadas durante o seminário, entre as instituições públicas e de pesquisa, buscam reduzir a vulnerabilidade das populações e serão os subsídios para a elaboração do Plano Nacional de Adaptação.