A precipitação média espacial, acumulada durante o período de 01 de abril a 12 de julho de 2018, baseado nas redes pluviométricas cobrindo as sub-bacias de captação do Sistema Cantareira (7 pluviômetros do DAEE/ SAISP[1] e 27 pluviômetros em operação do CEMADEN), foi de 65,8 mm (56,61 mm), o que representa 16% (13,9%1) da média climatológica para a estação seca, compreendida entre abril e setembro (4071 mm) (Figura 1). Para o mês de junho de 2018, a precipitação média espacial foi de 21,8 mm (19,61mm), o que representa 38,2% (34,4%1) da média climatológica para o mês (56,9 mm). (figura 1).
A vazão média afluente ao Sistema Cantareira (Sistema Equivalente + Paiva Castro) durante o período de 01 de abril a 12 de julho de 2018, de acordo com dados da SABESP[2] e do GTAG-Cantareira/ANA[3] foi de 12,1 m3/s, 62% abaixo da vazão média na estação seca (31,6 m3/s) e, para o mesmo período, a extração média de água do Sistema Cantareira foi de 30,0 m3/s. Ainda de acordo com a mesma fonte, para o mês de junho de 2018, a vazão média afluente foi 11,9 m3/s, 66% abaixo da vazão média mensal (35,2 m3/s) e, para o mesmo período, a extração média de água do Sistema Cantareira foi de 29,4 m3/s. O Sistema operou em 12 de julho de 2018 com 42,3% do volume útil (982,0 hm3).
As previsões baseadas no modelo numérico GFS/NOAA[4] indicam que nos próximos 10 dias não são esperadas precipitações para a região de abrangência da Bacia (figura 2). A figura 3 mostra as previsões (tendência) de chuva para a segunda semana, onde, na bacia do Cantareira, não há previsão de chuva.
[1] DAEE/ SAISP: Departamento de Águas e Energia do Estado de São Paulo/ Sistema de Alerta a Inundações de São Paulo.
[2] SABESP: Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo/Situação dos Mananciais.
[3] GTAG-Cantareira/ANA: Grupo Técnico de Assessoramento para gestão do Sistema Cantareira/Agência Nacional de Águas.
[4] GFS/NOAA: Global Forecast System/ National Oceanic and Atmospheric Administration
A figura 4 apresenta, além das vazões médias mensais observadas, as projeções de vazão média mensal afluente (em m³/s), usando a previsão de precipitação do modelo GENS/NOAA (para o período 13 a 22 de julho de 2018), e cenários de precipitação para o período de 23 de julho a 31 de março de 2019. Foram considerados cinco diferentes cenários de precipitação: média climatológica, 25% acima da média climatológica, 25% e 50% abaixo da média climatológica e um cenário crítico de precipitações iguais às ocorridas entre 23 de julho de 2013 a 31 de março de 2014.
Da análise da evolução hipotética das chuvas até 31 de março de 2019 utilizando: a previsão e as projeções de vazões (figura 4); vazão de extração para a estação elevatória Santa Inês (Q esi) de acordo com as regras condicionais estabelecidas pela resolução conjunta ANA/DAEE Nº 925; vazão defluente (Q jusante) para as bacias do PCJ (rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) igual à média praticada nos anos 2014 a 2016, para as estações seca e chuvosa; e aporte de interligação com a bacia do Rio Paraíba do Sul, cuja vazão média é 5,13 m³/s, para os períodos em que a simulação indique condição de armazenamento abaixo de 60% da capacidade do reservatório, de acordo com as regras estabelecidas pela Resolução conjunta ANA/DAEE Nº 925 e Resolução ANA Nº 1.931, no cenário de precipitações pluviométricas na média climatológica, o reservatório estaria com 582,0 hm³, correspondente a 59,3% de sua capacidade. Na simulação sem a interligação com a bacia do Rio Paraíba do Sul, o reservatório estaria com aproximadamente 486 hm³ (49,5%).
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