Debates sobre os desafios da ciência e da tecnologia para redução de desigualdades e vulnerabilidades ocorrerão nesta quinta-feira (dia 25), das 14 às 16 horas, no auditório da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), localizada no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP). O evento terá a participação de cientistas do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações-MCTIC), da Unifesp e da Universidade Estadual Paulista (Unesp). O evento é gratuito, aberto ao público e não necessita de inscrição prévia.
A mesa-redonda dará continuidade aos debates desenvolvidos durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT-2018), promovida em todo o território nacional pelo MCTIC, entre os dias 15 e 20 de outubro, com o tema “Ciência para Redução das Desigualdades”.
Os debates desta quinta-feira (25) integram, também, a programação da celebração internacional no dia 13 de outubro, Dia Internacional para Redução de Desastres (https://www.unisdr.org/disasterreductionday). Essa data foi implementada pela Estratégia Internacional para Redução de Desastres (UNISDR), da Organização das Nações Unidas (ONU). Iniciado em 1989, este chamado da Assembleia-Geral das Nações Unidas visa promover a cultura global em torno da importância da redução de desastres. O lema da campanha de 2018 é “Resiliência para Todos” (#ResilienceForAll) e é voltado à disseminação das sete metas do Marco de Sendai para Redução de Risco de Desastres (Sendai Framework for Disaster Risk Reduction).
O Marco de Sendai foi adotado na Terceira Conferência Mundial das Nações Unidas sobre Redução do Risco de Desastres, em Sendai, no Japão, em 18 de março de 2015 (https://www.unisdr.org/we/inform/publications/43291). Neste ano, o enfoque é dado à meta B do Marco de Sendai, que se refere a reduzir, até 2030, o número de pessoas atingidas em desastres.
Participantes e temas da mesa-redonda –Cemaden- Unesp- Unifesp
A mesa-redonda contará com participação de Rachel Trajber, antropóloga e responsável pelo Projeto Cemaden Educação – rede de escolas e comunidades na prevenção de desastres (http://educacao.cemaden.gov.br/) , que destacará sobre a importância de se pensar nas desigualdades e vulnerabilidades no contexto brasileiro.
Em seguida, Ana Paula Cunha, pesquisadora do Cemaden, discutirá algumas metodologias para monitoramento de impactos das secas no semiárido brasileiro, além de resultados preliminares do projeto “Dados agrícolas obtidos por ‘crowdsourcing’ para subsídios à modelagem do risco de colapso de safras e ao monitoramento dos impactos da seca no semiárido do Brasil” (financiado pelo CNPq).
A professora Liliam Medeiros, do Instituto de Ciência e Tecnologia da Unesp (ICT/Unesp), de São José dos Campos, falará sobre outro tema de importância para a saúde pública, apresentando estudos de modelagem ambiental de dengue.
A mesa-redonda também será composta pela professora Luciana Ferreira, da Unifesp, que compartilhará algumas experiências com tecnologias sociais (TS). Esse termo vem sendo adotado para designar produtos, técnicas e metodologias reaplicáveis e desenvolvidas com a interação da comunidade, visando gerar soluções de transformação social.
Na área de desastres, a pesquisadora do Cemaden, Luciana de Resende Londe, debaterá sobre a importância da integração de diferentes abordagens para lidar com a complexidade que envolve o tema dos riscos e desastres na sociedade contemporânea.
(Fonte: Ascom-Cemaden)