Cemaden Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais
[1] DAEE / SAISP: Departamento de Águas e Energia do Estado de São Paulo / Sistema de Alerta a Inundações de São Paulo.
A vazão média afluente ao Sistema Cantareira (Sistema Equivalente + Paiva Castro) de 01 de abril a 31 de julho de 2019, de acordo com dados da SABESP[2] e da ANA[3] foi de 24 m3/s, 78% da vazão média para a estação seca (31 m3/s). Para o mesmo período, a vazão média de extração total foi de 29 m³/s e a vazão média de interligação com o Sistema Paraíba do Sul foi de 3,6 m³/s.
[2] SABESP: Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo/Situação dos Mananciais.
[3] ANA: Agência Nacional de Águas.
Para o mês de julho de 2019, a vazão média afluente foi 20,5 m3/s, o que representa 78% da vazão média mensal histórica (26 m3/s). Para o mesmo período, a extração média de água do Sistema Cantareira para o sistema elevatório Santa Inês (Qesi), que abastece a cidade de São Paulo, foi de 21,9 m3/s, e a vazão de jusante (Qjus) que contribui com a bacia dos rios Piracicaba, Capivari, Jundiaí (bacia PCJ) foi de 6,1 m³/s. Juntas, estas duas vazões representam a extração total do sistema Cantareira, que foi de 28,0 m³/s. Ainda no mês de julho, a vazão média de interligação com o Sistema Paraíba do Sul foi de 2,3 m³/s.
Nos próximos dias uma frente fria de forte intensidade provocará precipitações e um acentuado declive das temperaturas. Assim, as previsões baseadas no modelo numérico GFS/NOAA [4] (Figura 2) indicam que nos próximos 10 dias são esperadas precipitações no âmbito da bacia, com valores acumulados superiores à média histórica da época. Na Figura 3 apresentam-se as previsões (tendência) de chuva para a segunda semana, onde, na bacia de captação do Sistema Cantareira, não há previsão de acumulados pluviométricos expressivos.
[4] GFS/NOAA: Global Forecast System/ National Oceanic and Atmospheric Administration
A figura 4 apresenta, além das vazões médias mensais observadas, as projeções de vazão média mensal afluente (em m³/s), usando a média dos membros de previsão de vazão para o período 06 a 15 de agosto de 2019, e cenários de precipitação para o período de 16 de agosto a 31 de dezembro de 2019. Foram considerados cinco diferentes cenários de precipitação: média climatológica, 25% acima da média climatológica, 25% e 50% abaixo da média climatológica e um cenário crítico de precipitações iguais às ocorridas entre 16 de agosto a 31 de dezembro de 2013. As simulações indicam que, considerando um cenário de chuva na média histórica, a vazão média no período de agosto a dezembro de 2019 seria 26 m3/s, o que representa 87% da média histórica desse período (30 m3/s).
Da análise da evolução hipotética das chuvas utilizando: a previsão e as projeções de vazões; vazão de extração para a estação elevatória Santa Inês (Q esi) de acordo com as regras condicionais estabelecidas pela resolução conjunta ANA/DAEE Nº 925; vazão defluente (Q jusante) para as bacias do PCJ (rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) igual à média praticada nos anos 2014 a 2016, para as estações seca e chuvosa; e aporte de interligação com a bacia do Rio Paraíba do Sul, cuja vazão média é 6,8 m³/s [5], para os períodos em que a simulação indique condição de armazenamento abaixo de 60% da capacidade do reservatório, de acordo com as regras estabelecidas pela Resolução conjunta ANA/DAEE Nº 925 e Resolução ANA Nº 1.931, no cenário de precipitações pluviométricas na média climatológica, o reservatório estaria em 31 de dezembro de 2019 com 529 hm³, correspondente a 54% de sua capacidade (Figura 5). Na simulação sem a interligação com a bacia do Rio Paraíba do Sul, o reservatório estaria com aproximadamente 442 hm³ (45% da capacidade).
[5] De acordo com a nota técnica MAR 016/2019 da Sabesp.
