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Vulnerabilidades e construção de capacidades para prevenção de desastres são abordadas em webinário

O terceiro webinário da 5ª edição da Campanha #AprenderParaPrevenir, realizado hoje (06) para abordar a temática “Vulnerabilidades, da pandemia ao clima”, uniu especialistas da área  de ciência do desastre e sociológica, de saúde e  de educação ambiental, abordando as questões e desafios para a construção de uma sociedade sustentável, com capacidades e ações para prevenção de desastres.

O encontro virtual foi coordenado pelo Programa Cemaden Educação, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações -MCTI, com a participação do pesquisador do Cemaden, sociólogo Victor Marchezini; na área de Saúde, a médica residente Mayara Floss,  atuante na área de Medicina de Família e Comunidade, do Grupo Hospitalar Conceição e integrante da WONCA Environment  e,  na área de Educação Ambiental, a pesquisadora e profª Michèle Sato, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A mediação do encontro foi feita pela pesquisadora do Cemaden Educação, Débora Olivato.

Na abertura do webinário, a coordenadora do Programa Cemaden Educação, Rachel Trajber, destacou a importância da ação mobilizadora da Campanha #AprenderParaPrevenir 2020, com o objetivo de ampliar o repertório das discussões das questões emergenciais – como a pandemia e mudanças climáticas – ampliando, também, a abrangência do trabalho de percepção e prevenção de riscos de desastres, realizado junto às comunidades escolares e sociedade.

A mediadora Débora Olivato fez uma breve apresentação da campanha e do histórico desde a criação em 2016, iniciativa do Cemaden Educação e que conta com diversos parceiros na realização da Campanha #AprenderParaPrevenir. Destacou que esta é uma campanha para o desenvolvimento de campanhas virtuais, levando informação e ações de prevenção de risco de desastres para as comunidades locais, de forma virtual. Fez uma apresentação do passo a passo para participar da campanha e da importância do engajamento das Escolas, Universidades, Defesas Civis e Agentes de Saúde Familiar. Indicou o endereço do guia de orientações para participar da campanha; http://educacao.cemaden.gov.br/aprenderparaprevenir2020.

Os conceitos de vulnerabilidades e as dimensões do risco de desastres

O pesquisador do Cemaden, sociólogo Victor Marchezini, abordou sobre os conceitos de vulnerabilidade, discutidos na ciência dos desastres, como por exemplo, as discussões de que os processos de vulnerabilização são conduzidos, principalmente, pelo processo de desigualdades. Apresentou as tendências internacionais da literatura na abordagem das dimensões do risco de desastres como:  ameaça, vulnerabilidades, capacidades de proteção individual e comunitária, além das políticas públicas de mitigação de riscos em larga escala. “Entre as políticas públicas estão as estruturais e não-estruturais. Aumentar a capacidade das pessoas para prevenção e aumentar a sustentabilidade estão dentro das não-estruturais.”, explica Marchezini e complementa: “Nas políticas não-estruturais entram os trabalhos, por exemplo, do Cemaden Educação, da emissão de alertas e da legislação.”  Citou sobre as abordagens da temática vulnerabilidades com referência a grupos sociais, a tipos e a índices de vulnerabilidades. O pesquisador lembra que o Escritório das Nações Unidas para Redução dos Riscos de Desastres (UNDRR) reconhece que os desastres são consequências de maus projetos de crescimento econômico. No final, deixou referências de acesso à literatura dos temas abordados.

O ambiente é determinante na saúde

A médica residente Mayara Floss, atuante na área de Medicina de Família e Comunidade, fez uma abordagem sobre saúde pública e os efeitos das mudanças climáticas, desastres ambientais, impactos da qualidade do meio ambiente. Explicou que as doenças respiratórias, cardiovasculares, infecto-contagiosas, mentais, segurança alimentar, entre outras, estão relacionadas com as questões sociais e ambientais.  “O ambiente é determinante na saúde. Não podemos pensar em saúde, sem pensar nos desastres ambientais e biológicos como, também, na segurança alimentar.”, afirma a médica. “A saúde é dependente da saúde do sistema do planeta Terra”,  explicando sobre o conceito de “Saúde Planetária”, onde as questões da saúde estão relacionadas  com as mudanças climáticas e como o ambiente afeta nossa saúde.

Justiça climática e os grupos sociais em situação de vulnerabilidade

A pesquisadora e profª Michèle Sato, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) inicia a discussão sobre os grupos sociais que estão em situação de vulnerabilidade, lembrando que saúde do planeta envolve a preocupação com todo o tipo de vida. Lembra que as vulnerabilidades estão relacionadas a desastres, pragas e epidemias. “Para uma justiça climática é necessário fazer a vida tornar-se digna, possibilitando a participação social.” afirma a pesquisadora, explicando que para tornar uma sociedade sustentável está implícito o acesso à saúde e à educação. Explica que a vulnerabilidade a desastres e pandemias afeta os grupos: familiares, identitários e trabalhadores, como também os grupos de migração climática mundial, como os refugiados e despatriados. Apresenta as linhas de estudos sobre a escala e proporção da justiça, da origem dos migrantes e fluxos migratórios.

As apresentações e debates na íntegra do 3º Webinário Tema- “Vulnerabilidades, da pandemia ao clima” estão disponibilizados no Facebook  e YouTube do Cemaden Educação : https://www.youtube.com/watch?v=YvW2qSA2InQ

2º Webinário  :  Tema “E a Educação?”  https://www.youtube.com/watch?v=RF-nE7bFKJY

1ºWebinário : Tema “Desastres, desastres, desastres”- https://www.youtube.com/watch?v=OeVXqSkA5Rk&feature=youtu.be

O próximo webinário da Campanha #AprenderParaPrevenir ocorrerá no próximo dia 20 de agosto, das 11 às 12 horas para abordar a temática : “Soma, Multiplica e Potencializa”.

 Fonte: Ascom/Cemaden

 

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