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Boletim do Cemaden sobre impactos em áreas estratégicas mostram baixo volume do Cantareira e redução de produtividade no semiárido

O último Boletim de impactos em áreas estratégicas para o Brasil Relatório, divulgado nesta segunda-feira (29),  apresenta os cenários mais prováveis de impactos nos recursos hídricos e na vegetação, em diferentes setores do Brasil, bem como na agricultura familiar de sequeiro para o semiárido, no decorrer do trimestre novembro-dezembro de 2018 e janeiro de 2019 (NDJ/2019).

Os destaques são a situação do Sistema Cantareira, que mostra um volume útil inferior ao observado no mesmo período de 2017, mas que poderá ser mais favorável nos próximos três meses.  Já as projeções para as vazões afluentes aos reservatórios de Três Marias (Bacia do Rio São Francisco)  e Serra da Mesa (Sistema Araguaia-Tocantins) indicam que as vazões poderiam apresentar uma situação mais favorável do que no mesmo período do ano anterior, porém ainda abaixo da Média de Longo Termo. Na Região Nordeste, Castanhão (Ceará) e Epitácio Pessoa (Paraíba), ainda indicam situação crítica, porém melhor que em janeiro de 2018.

No semiárido da Região Nordeste, possíveis cenários para os volumes armazenados nos açudes monitorados indicam seca moderada, com possibilidade de redução da produtividade agrícola.

Projeção dos impactos hidrológicos

 O monitoramento do Sistema Cantareira – sistema que abastece parte da região metropolitana de São Paulo –   mostrou que seu volume útil atingiu 34,4% em 24 de outubro de 2018, valor inferior ao observado no mesmo período de 2017 (47,3%).

Na avaliação dos cenários em hidrologia,  nos próximos três meses, o volume armazenado no Sistema Cantareira  ficaria em situação mais favorável que no mesmo período do ano anterior. Porém, mesmo em um cenário de chuvas em torno da média histórica para o trimestre novembro-dezembro e janeiro/2019, a vazão ainda deve continuar abaixo da Média de Longo Termo (MLT).

Nas sub-bacias de Serra da Mesa e Três Marias, as projeções indicam que as vazões poderiam apresentar uma situação mais favorável do que no mesmo período do ano anterior, porém ainda abaixo da  Média de Longo Termo.

Na Região Norte, as cotas dos rios Madeira e Acre apresentaram-se abaixo do nível mínimo médio em outubro de 2018, o que afetou a navegação. No entanto, a situação tende a melhorar no curto prazo devido ao início da estação chuvosa.

As projeções para os volumes armazenados em dois grandes reservatórios da Região Nordeste, Castanhão (Ceará) e Epitácio Pessoa (Paraíba), ainda indicam situação crítica, porém melhor que em janeiro de 2018. As projeções indicam que o volume armazenado nesse reservatório, de modo geral, deverá se manter estável, podendo atingir cerca de a 5,9% de sua capacidade no final de janeiro de 2019.

Projeção dos impactos na região do semiárido e agricultura familiar de sequeiro

Considerando um cenário de chuvas 20% abaixo da média, 14 municípios do semiárido da Região Nordeste poderão apresentar uma condição de seca moderada, com possibilidade de redução da produtividade agrícola em aproximadamente 18,2 mil estabelecimentos de agricultura familiar de sequeiro. Mesmo num cenário de chuvas 20% acima da média, a situação de seca deve permanecer crítica entre Sergipe e Alagoas. A Paraíba tem o maior número de municípios (177) em condição de seca.

Informações mais detalhadas do Boletim de Impactos em áreas estratégias para o Brasil estão disponibilizados no portal do Cemaden, pelo endereço ; http://www2.cemaden.gov.br/boletim-de-impactos-em-areas-estrategicas-para-o-brasil-29102018/

( Fonte: Ascom-Cemaden)

 

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