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Cemaden realiza oficina científica e tecnológica sobre prevenção de deslizamentos a estudantes de Santos

(Foto:Ascom/Cemaden)

Com o objetivo de apresentar informações científicas sobre a tipologia de solos e o monitoramento, além das tecnologias aplicadas para prevenção de risco de deslizamentos, foi realizada a Oficina para estudantes do ensino fundamental e médio de escola localizada na Vila Progresso, uma das áreas de risco de deslizamentos de Santos (município do litoral paulista).

A Oficina de Monitoramento de Deslizamentos, realizada no último dia 29 de agosto na Escola Estadual Dep. Emílio Justo, foi coordenada por equipes de pesquisadores da área de Geodinâmica da RedeGeo e do Programa Cemaden Educação — do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) —   em parceria com  a equipe da Defesa Civil Municipal de Santos.

“O encontro entre os estudantes e pesquisadores da área de geodinâmica do Cemaden visou levar conhecimentos científicos sobre o fenômeno dos deslizamentos, bem como discutir a capacidade de reação e os impactos nos eventos provocados pelas chuvas nas encostas.”, explica o pesquisador do Cemaden, geólogo Márcio Andrade. O pesquisador destacou a importância do envolvimento dos alunos em discussões, esclarecimentos e conhecimentos sobre os “parâmetros ambientais” para entender e identificar o processo e o risco de deslizamentos.

“Esse formato de oficina transmite a ciência e tecnologia de modo prático e experimental, permitindo que os estudantes se transformem em multiplicadores dos conhecimentos sobre prevenção de riscos em sua comunidade”, afirma a pesquisadora do Cemaden Educação, Francisca Vellozo.

A integrante da equipe da Defesa Civil de Santos, Pacita Franco, iniciou a oficina, apresentando o histórico de ocorrências em Santos — desde o deslizamento de Monte Serrat, em 1928 – até as fotografias periódicas que mostram a evolução da ocupação da área onde está localizada a escola.  “O importante é olhar e identificar o risco para as primeiras ações de prevenção  das ocorrências”, afirmou a integrante da Defesa Civil, repassando orientações sobre a importância da comunidade contatar a Defesa Civil ao identificar indícios de riscos de desastres.

Participação de alunos e professores

Com a participação ativa de cerca de 30 alunos do ensino fundamental e médio da E.E. Dep. Emílio Justo, as atividades desenvolvidas pela equipe da RedeGeo do Cemaden englobaram a apresentação da metodologia científica e a realização de três experimentos em laboratório: análise de granulometria, densidade e permeabilidade de variados solos.

No final, os alunos conheceram o funcionamento da Plataforma de Coleta de Dados Geológicos (PCD Geo) – equipamento instalado na área de encosta, situada nos fundos da escola – para monitorar risco de deslizamentos. Nessa encosta, realizaram a coleta de material para análise do tipo de solo na área da escola, acompanhados dos geólogos do Cemaden, professores da escola e a equipe da Defesa Civil de Santos.

“Muito importante a tecnologia aplicada para detectar o risco de deslizamento. Interessante, também,  conhecer  e comparar os tipos de solo, na parte experimental”, afirma a estudante do 9º ano,  Amanda Santos, de 15 anos.

“Achei importante o monitoramento do morro, na prevenção contra catástrofes por deslizamentos, principalmente, próximo à escola”, enfatiza Lucas Passos Fernandes, de 17 anos, que cursa o 3º ano do ensino médio.

“O aprendizado sobre a porosidade do solo permitiu conhecer e comparar o tempo de deslizamentos. Achei importante para a segurança dos moradores”, diz Felipe Leandro do Carmo, de 15 anos, estudante do 9º ano.

“A Defesa Civil e o Cemaden trouxeram informações essenciais para o conhecimento científico e de ações para prevenção de riscos de deslizamentos”, destaca Carolyne Sant’Anna dos Santos, 18 anos, aluna do 3º ano do ensino médio.

Os professores que acompanharam os alunos também consideraram muito produtiva a oficina, que possibilitou unir a teoria dada em sala de aula com as experimentações e aplicações práticas repassadas na Oficina.

“Aulas práticas motivam e despertam a curiosidade dos alunos, inclusive para profissões. O “fazer ciência” agrega conceitos dados na sala de aula com as experimentações do laboratório e práticas de campo”, enfatiza o professor Carlos Rogério Mendes da Cunha, da disciplina Ciências Físicas e Biológicas.

“Ao trazer o mundo acadêmico e científico para o dia-a-dia da vida dos alunos,  permite-se  aflorar a sensibilidade para um projeto de vida desses alunos”, afirma a professora de Ciências e Biologia, Cecilia Camara Apolinário. Ela considera que o conhecimento da realidade local mexe com a realidade interior dos alunos, tornando-os multiplicadores desse conhecimento na comunidade em que estão inseridos.

Nos meses de setembro e novembro, estão previstas mais duas oficinas: uma de visita de campo para observação-realização de atividade de mapeamento; outra oficina para coleta e organização de dados.

Instalação de PCDs Geo para monitorar riscos de deslizamentos

Em junho deste ano, a equipe de pesquisadores da RedeGeo do Cemaden, instalou Plataformas de Coleta de Dados Geológicos (PCDs Geo), em parceria com as Defesas Civis dos Municípios de Santos, São Vicente, Guarujá, Cubatão e Praia Grande. A novidade das PCDs Geo são os pluviômetros acoplados aos sensores geotécnicos, ou seja,  a capacidade de medição de chuva e de umidade do solo no mesmo equipamento.

Neste semestre, além da Baixada Santista, no Estado de São Paulo, já foram instalados os equipamentos na Região Metropolitana de Recife (PE) e em Blumenau (SC), totalizando 45  PCDs Geo, sendo 15 equipamentos em cada estado. Estão previstas, também, a instalação em Mauá e em municípios vizinhos (no Estado de São Paulo); em Angra dos Reis, Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo (no Estado do  Rio de Janeiro) e em Salvador e municípios vizinhos (no Estado da Bahia). O projeto RedeGeo/Remaden tem apoio financeiro da FINEP (Carta Convite MCTI/FINEP/FNDCT 01/2016).

Fonte: Ascom/Cemaden

(Foto:Ascom/Cemaden)

(Foto:Ascom/Cemaden)

(Foto:Ascom/Cemaden)

(Foto:Ascom/Cemaden)

(Foto:Ascom/Cemaden)

(Foto:Ascom/Cemaden)

(Foto:Ascom/Cemaden)

(Foto:Ascom/Cemaden)

(Foto:Ascom/Cemaden)

(Foto:Ascom/Cemaden)

(Foto:Ascom/Cemaden)

(Foto:Ascom/Cemaden)

Oficina em Santos-RedeGeo (Foto Carlos Tavares)

 

Vista de Santos na área detrás da escola de Vila Progresso (Foto: Carlos Tavares)

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