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Educadores debatem prevenção de riscos de desastres e educação ambiental em escolas e sociedade

(Foto : Letícia S. Emídio)

 

Como processos cumulativos de experiências e aprendizagens da educação ambiental – crítica, participativa e emancipatória – podem contribuir com a educação em prevenção de riscos e desastres? Como a educação ambiental tem potencial político e transformador para a construção de escolas sustentáveis e resilientes, em tempos de mudanças climáticas?  Estas foram algumas questões abordadas durante os debates realizados na mesa redonda “Contextos e práticas em Educação Ambiental” na semana passada, na Universidade de São Paulo (USP),  com a participação da equipe do Cemaden Educação, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

Organizada pela prof.ª Rosana Louro Ferreira Silva e pelo Grupo de Pesquisa em Educação Ambiental e Formação de Educadores (IBUSP), a mesa redonda  reuniu cerca de 50 pessoas – envolvendo profissionais da área e estudantes da graduação e pós-graduação – que discutiram as práticas de diversos educadores e pesquisadores presentes.

A pesquisadora e antropóloga Rachel Trajber, do Cemaden Educação, falou sobre os projetos desenvolvidos em parceria com escolas, Defesas Civis Municipais e universidades, além da participação ativa da comunidade escolar. Abordou, também, a rede de compartilhamento de estudos e pesquisas escolares, disponibilizada no site do Cemaden Educação, em expansão para todo o território nacional.

“O Cemaden Educação trabalha junto às comunidades escolares no desenvolvimento de atividades educativas,  voltadas a criar uma cultura de percepção e de prevenção de riscos de desastres geo-hidrológicos. Essas atividades envolvem tanto conhecimentos das Ciências Naturais, ao mesmo tempo que integra a diversas disciplinas das Ciências Sociais e Humanas”, destaca a pesquisadora.

Com atividades disponíveis desde 2014, o site do Cemaden Educação (educação.cemaden.gov.br)  propõe orientações e metodologias para as escolas se envolverem com a ciência cidadã, fazerem suas pesquisas e disponibilizarem os resultados em rede de compartilhamento de informações, conhecido como crowdsourcing. Além  disso, oferece sugestões e dicas para a gestão participativa de intervenções na comunidade, por meio da Comissão de prevenção de desastres e proteção da vida – Com-VidAção.

Além da experiência do Cemaden Educação, três educadoras ambientais compartilharam abordagens educativas e aprendizados de suas instituições. Kátia Rancura da Fundação Parque Zoológico de São Paulo abordou o potencial educativo de espaços de educação não formal como os zoológicos e apresentou as principais características e atividades do Programa de Educação Ambiental do Zoológico de São Paulo. Elaine Colin, da Prefeitura de Santo André, relatou a experiência de envolvimento das escolas estaduais, municipais e comunidades residentes nas áreas de mananciais do município de Santo André (SP), com enfoque no Plano de Educação Ambiental para gestão e conservação dos recursos hídricos. No final, Paula Hirata, do Saneamento Ambiental (Semasa),  apresentou as experiências de educação ambiental como instrumento de participação no município de Santo André.

Campanha #AprenderParaPrevenir

O Cemaden Educação, em parceria com diversas instituições, lançou a 3ª edição da Campanha da #AprenderParaPrevenir, com o objetivo de ampliar a mobilização e incentivar projetos e práticas em prevenção de riscos de desastres socioambientais.

Campanha #AprenderParaPrevenir de 2018 abriu as inscrições para que escolas, Defesas Civis e universidades de todo o país divulguem suas ações educativas inspiradas pelo tema “Água [D+ ou D-] = desastre?”,  uma temática desafiadora para a sustentabilidade planetária. Esta edição da campanha visa estimular a reflexão e o desenvolvimento de ações educativas para a redução de riscos de desastres, conservação da água e de enfrentamento das mudanças no clima.

A campanha estimula os seguintes questionamentos: ”Mas será que é mesmo a água ou a chuva que geram tantos desastres? Apenas o excesso ou a falta de água podem causar desastres? Está certo ‘culpar’ a água pelos desastres?”.

As inscrições podem ser feitas até 1º de outubro de 2018, pelo endereço: http://educacao.cemaden.gov.br/aprenderparaprevenir2018.  

(Fonte: Ascom-Cemaden)

(Foto : Patrícia Matsuo -Cemaden Educação)

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