Uma comitiva integrada por cerca de 15 gestores e pesquisadores do Peru e da Colômbia visitou o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) para conhecer sobre monitoramento, emissão de alerta, desenvolvimento de modelagens e pesquisas na área de gestão de riscos de desastres.
A visita técnica ocorreu na última quinta-feira (4), dentro da programação institucional desenvolvida entre Brasil, Peru e Colômbia, pelo Projeto IPACC II – Investimento Público e Adaptação à Mudança do Clima na América Latina, organizado pelo Ministério do Meio Ambiente e pela Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ). A programação envolvendo várias instituições de pesquisa ocorreu durante toda a primeira semana de outubro, em São José dos Campos (SP).
O diretor do Cemaden, Osvaldo Moraes recepcionou os participantes apresentando a missão e os trabalhos desenvolvidos pelo Cemaden. Além do monitoramento dos 958 municípios prioritários com áreas de risco de inundação e deslizamentos, apresentou, também, o monitoramento dos impactos da seca. Explicou que esse monitoramento ocorre em diferentes contextos para prover informações sobre os cenários de projeção : níveis de reservatórios para o abastecimento, agricultura e geração de energia.
Na programação de visita, o coordenador-geral de Pesquisa e Modelagem do Cemaden, José Marengo, apresentou o trabalho científico do Projeto Metropole, que apresenta cenários e projeções do avanço do mar nas cidades costeiras, já expostas a tempestades, erosão e intrusão de água salgada, além da abordagem sobre as alterações climáticas. “As pesquisas orientam a implementação de medidas para a gestão de adaptação das cidades litorâneas”, enfatizou Marengo.
Os visitantes conheceram a Sala de Situação do Cemaden, a plataforma de monitoramento (Sistema de Alertas e Visualização de Áreas de Risco – SALVAR) que são os recursos da computação fundamentais para monitorar os riscos de desastres geo-hidrológicos.
O Projeto IPACC II, que coordenou a programação, tem como objetivo principal fomentar a consideração do risco associado à mudança do clima, as opções de adaptação nos processos de planejamento e tomada de decisão para investimentos públicos. Esse trabalho envolve as instâncias técnicas e políticas dos Ministérios da Economia, Fazenda e Planejamento no Brasil, Colômbia e Peru.
(Fonte:Ascom-Cemaden)