Com a participação de todos os servidores, bolsistas e gestores, foi apresentado, na última quinta-feira (05), o Manual de Procedimentos da Operação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) – elaborado pelos tecnologistas atuantes na área de meteorologia, geodinâmica, hidrologia e desastres naturais da Sala de Situação (ou Operação) do Cemaden.
Entre os objetivos principais do Manual de Procedimentos, estão a apresentação das diretrizes ao monitoramento e envio de alertas de desastres naturais, buscando padronizar as atividades a serem seguidas pelos tecnologistas – além de mostrar a organização do fluxo das atividades da Sala de Operação do Cemaden.
O diretor do Cemaden, Osvaldo Moraes, explicou que a padronização dos procedimentos e atividades não irá excluir o conhecimento e expertise dos profissionais da Sala de Operação. Destacou que o documento torna-se importante para algumas premissas, tanto de ordem administrativa, quanto operacional na Sala de Monitoramento.
Partes do Manual de Procedimentos
O manual foi apresentado pelo tecnologista da área de Extremos Hidrológicos do Cemaden, Leandro Casagrande, organizador do documento, que mostrou o resumo das partes do conteúdo do manual.
“A padronização dos procedimentos, além da organização dos fluxos e processos das atividades, também fornece a base de conhecimento a futuros integrantes da Sala de Operação e aos agentes externos”, afirma o tecnologista.
Na parte de Monitoramento e Emissão de Alertas, o tópico descreve as estratégias de monitoramento adotadas pela Sala de Operação, que consistem em diferentes abordagens: adoção de limiares, avaliação de boletins, banco de dados históricos, entre outros. Também, traz alguns conceitos de equações de chuvas intensas (considerando que a precipitação é o principal elemento causador de impactos). O conhecimento das características da precipitação, em cada região, foi destacado como fundamental, no monitoramento, como por exemplo, informações sobre a intensidade, duração, frequência e distribuição da chuva.
O documento mostra, também, a estrutura operacional, descreve a atuação e procedimentos e atuação dos profissionais de cada uma das quatro áreas ( Meteorologia, Geodinâmica, Hidrologia e Desastres Naturais).As atividades gerais de rotina, a rotina operacional e recomendações para atuação em situações diversas também estão inclusas no manual.
Atualmente, o Cemaden monitora 958 municípios com áreas de risco hidrológico (inundações, enxurradas) e geológico (deslizamentos e movimentos de massa). Os alertas emitidos de risco de desastres geo-hidrológicos são encaminhados ao Cenad – Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres, que por sua vez, encaminha às Defesas Civis estaduais e municipais.
A Sala de Operação, além do monitoramento e outras atividades, elabora, diariamente, Notas Técnicas e o Boletim de Previsão de Risco Geo-Hidrológico, disponível no portal do Cemaden. Esse boletim informa o cenário de risco de eventos geo-hidrológicos (inundações, enxurradas, deslizamentos) para as mesorregiões do Brasil, indicando o nível do risco ( moderado, alto ou muito alto).
Fonte: Ascom/Cemaden