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MONITORAMENTO DE SECAS E IMPACTOS NO BRASIL – JANEIRO/2021

SUMÁRIO (clique aqui)

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Em comparação ao mês de dezembro, o Índice Integrado de Seca (IIS) referente ao mês de janeiro aponta um enfraquecimento da seca na Região Sul do país, embora esta ainda apresente áreas em condições de seca moderada e severa. Por outro lado, o IIS indica a intensificação da seca nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, onde a ocorrência de seca moderada e severa é observada em grande parte de seus territórios, além da presença de municípios em condição de seca extrema, os quais necessitam de maior atenção.

O evento de La Niña atual se encontra em seu ápice e deve arrefecer nos próximos meses. As previsões indicam que ele ainda se estenderá pelo trimestre Fevereiro-Março-Abril (FMA/2021). A La Niña é um fator modulador da chuva na Região Sul e no sul do Brasil-Central, com tendência de pouca chuva. As previsões sazonais consultadas (produzidas em janeiro/2021) concordam em prever condições desfavoráveis para chuva no norte do semiárido, e no extremo sul da Região Sul, durante fevereiro a abril de 2021 (FMA/2021). As previsões subsazonais (3 e 4 semanas) indicam a possibilidade para um cenário desfavorável para a precipitação nas regiões Centro-Oeste e Sudeste durante o final de fevereiro e início de março de 2021.

A. ÍNDICE INTEGRADO DE SECA (IIS) PARA O BRASIL:  JANEIRO/2021

 

Índice Integrado de Seca (IIS) referente ao mês de janeiro de 2021 nas escalas: 3 meses (IIS-3, esquerda) e 6 meses (IIS-6, direita).

FAÇA O DOWNLOAD DO IIS

 

Saiba mais sobre o Índice Integrado de Seca (IIS)

Saiba mais sobre o Índice Integrado de Seca (IIS)

O Índice Integrado de Seca (IIS) consiste na combinação do Índice de Precipitação Padronizada (SPI) com o Índice de Suprimento de Água para a Vegetação (VSWI) ou com o Índice de Saúde da Vegetação (VHI) e a Umidade do Solo. Baixos níveis de água no solo tem o potencial para iniciar o processo de estresse hídrico na vegetação, com possíveis danos ao desenvolvimento vegetativo e perda de produtividade. Os dados de Umidade do Solo são derivados do satélite Grace (NASA), que estima a quantidade de água em uma camada de 1 m de solo a partir de perturbações na gravidade causadas pela presença da umidade. Esse produto tem resolução espacial de aproximadamente 25 km. 

Para integrar o IIS, o SPI é calculado a partir de dados observacionais de precipitação disponíveis no CEMADEN, no Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e Centros Estaduais de Meteorologia. O cálculo do SPI é baseado na formulação proposta por Mckee et al. (1993), considerando as escalas de 3, 6 e 12 meses, obtendo-se o produto final na resolução espacial de 5km. O IIS possui as seguintes classes: condição normal (6), seca fraca (5), seca moderada (4), seca severa (3), seca extrema (2) e seca excepcional (1).

B. MONITORAMENTO DA UMIDADE DO SOLO

Perdas na produtividade agrícola podem ocorrer devido a períodos prolongados de seca e valores baixos de água disponível no solo, especificamente valores abaixo de 40%. O mapa mostra classes de seca baseadas na fração de água no solo em relação à média histórica. Os dados são derivados do satélite Grace (NASA), que estima a quantidade de água em uma camada de 1 m de solo a partir de perturbações na gravidade causadas pela presença da umidade. Esse produto tem resolução espacial de aproximadamente 25 km, gerados 4 vezes por mês. Os resultados mostrados aqui representam a média dos resultados divulgados para janeiro.

As classes de seca baseadas na umidade do solo para o mês de janeiro de 2021 são mostradas na figura abaixo. Os estados mais afetados com seca excepcional são Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e São Paulo. Adicionalmente, partes de Sergipe, Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Sul também apresentaram baixos níveis de água no solo e seca excepcional.

C. MONITORAMENTO DOS IMPACTOS DA SECA NA REGIÃO NORDESTE
Índice Integrado de Seca (IIS): Janeiro/2021

Avaliação do IIS para o mês de janeiro em comparação com o mês de dezembro:

  • Seca Fraca: Aumento de 681 para 774 municípios.
  • Seca Moderada: Aumento de 145 para 489 municípios.
  • Seca Severa: Aumento de 7 para 51 municípios.
  • Seca Extrema:  Aumento demunicípio para 1 município.
  • Seca Excepcional: 0 município.

 

D. MONITORAMENTO DOS IMPACTOS DA SECA NA REGIÃO NORTE
Índice Integrado de Seca (IIS): Janeiro/2021 

Avaliação do IIS para o mês de janeiro em comparação com o mês de dezembro:

  • Seca Fraca: Redução de 126 para 50 municípios.
  • Seca Moderada: Aumento de 71 para 119 municípios.
  • Seca Severa: Aumento de 46 para 81 municípios. 
  • Seca Extrema: 0 município.  
  • Seca Excepcional: município.
E. MONITORAMENTO DOS IMPACTOS DA SECA NA REGIÃO CENTRO-OESTE
Índice Integrado de Seca (IIS): Janeiro/2021 

Avaliação do IIS para o mês de janeiro em comparação com o mês de dezembro:

  • Seca Fraca: Redução de 130 para 55 municípios.
  • Seca Moderada: Redução de 209 para 154 municípios.
  • Seca Severa: Aumento de 111 para 232 municípios.
  • Seca Extrema: Redução de 8 para  2 municípios.  
  • Seca Excepcional: município.
F. MONITORAMENTO DOS IMPACTOS DA SECA NA REGIÃO SUDESTE
Índice Integrado de Seca (IIS): Janeiro/2021

Avaliação do IIS para o mês de janeiro em comparação com o mês de dezembro:

  • Seca Fraca: Redução de 744 para 581 municípios.
  • Seca Moderada: Redução de 605 para 566 municípios.
  • Seca Severa: Aumento de 178 para 351 municípios.
  • Seca Extrema: Aumento de 25 para  35 municípios.  
  • Seca Excepcional:  município.
G. MONITORAMENTO DOS IMPACTOS DA SECA NA REGIÃO SUL
Índice Integrado de Seca (IIS): Janeiro/2021

Avaliação do IIS para o mês de janeiro em comparação com o mês de dezembro:

  • Seca Fraca: Aumento de 377 para 555 municípios.
  • Seca Moderada: Redução de 487 para 172 municípios.
  • Seca Severa: Redução de 215 para  municípios.
  • Seca Extrema: Redução de 54 para 0 município.  
  • Seca Excepcional: município.

 

H. PREVISÃO SAZONAL E SUB-SAZONAL PARA O BRASIL

A condição atual no Oceano Pacífico ainda é de um resfriamento das águas superficiais, isto é, uma La Niña. Este evento se encontra em seu ápice e deve arrefecer nos próximos meses. Porém, as previsões indicam que ainda estaremos sob a sua influência durante o trimestre Fevereiro-Março-Abril (FMA/2021), com chances superiores a 90%, portanto quase três vezes o valor de uma chance climatológica. A La Niña é um fator modulador da chuva na Região Sul e no sul do Brasil-Central, no sentido de favorecer anomalias negativas (déficit de chuva).
As previsões sazonais multimodelo de chuva do International Research Institute e do CPTEC/INMET/FUNCEME (ambas produzidas em janeiro/2021) concordam em prever condições desfavoráveis para chuva no norte do semiárido, e no extremo sul da Região Sul, durante fevereiro a abril de 2021 (FMA/2021). As previsões subsazonais (3 e 4 semanas) indicam a possibilidade para um cenário desfavorável para a precipitação nas regiões Centro-Oeste e Sudeste durante o final de fevereiro e início de março de 2021. Não há atividade relevante da Oscilação de Madden-Julian prevista até o início de março/2021, fator que poderia influenciar positivamente as chuvas nesta região.

 

REGISTRO DE IMPACTOS: Gostaria de contribuir registrando ocorrência de eventos de secas no seu município?  Sua informação é bem-vinda,  mesmo  ocorrências  de pequenos impactos são de extrema importância. Você pode enviar suas informações pelo link: REGISTRO DE IMPACTOS DE SECAS .

Para mais informações fale conosco: secas@cemaden.gov.br
Boletim em pdf

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