O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Carlos Nobre, teve o seu depoimento gravado em áudio e vídeo sobre o tema Mudanças Climáticas para ser colocado em exibição interativa permanente, juntamente aos depoimentos de cientistas de outras áreas, no Museu do Amanhã, que será inaugurado em março de 2015, na cidade do Rio de Janeiro.
Desenvolvendo experimentos científicos observacionais na Amazônia, desde a década de 1980, além de estudos pioneiros sobre os impactos climáticos dos desmatamentos amazônicos pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) e pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), o secretário Carlos Nobre fez uma abordagem das causas e consequências das mudanças climáticas, bem como os efeitos da vida no planeta. Fez também, explanações sobre as ações da atual e das próximas gerações da humanidade para a redução da emissão dos gases de efeito estufa e a sua implicação direta no futuro do planeta.
Com referência à educação ambiental e sobre a trajetória da humanidade, Carlos Nobre considerou que o Museu do Amanhã traz uma proposta avançada, intrigante e instigante, que levarão conhecimentos e respostas às questões sobre a evolução da vida. “A proposta do museu levará o visitante à reflexão sobre sua participação ativa para a sustentabilidade, como condição essencial para a vida do planeta.”, afirma o secretário. “Como cientista, nossa preocupação com o futuro é fazer previsão baseado na ciência e no conhecimento, apontando as trajetórias futuras e algumas soluções, com bases na própria ciência e conhecimento”.
Museu do Amanhã
Erguido no Píer de Mauá, o Museu do Amanhã faz parte do projeto de revitalização da região portuária do Rio de Janeiro, considerado um dos mais avançados e futuristas museus temáticos existentes no mundo. A ideia é que abordagem feita sobre as diversas áreas de ciência, tecnologia e cultura para os próximos 50 anos terá apresentação mais condensada e impactante comparada aos últimos dez mil anos.
Além de mudanças climáticas, o museu mostrará a perspectiva no Brasil e no mundo nas próximas cinco décadas sobre o crescimento da população e da longevidade, maior integração e diversificação, avanço da tecnologia, alteração da biodiversidade e expansão do conhecimento.
Concebido pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava, o prédio do Museu do Amanhã terá 15 mil metros quadrados de área construída. Serão dois andares conectados por rampas. No térreo haverá uma loja, um auditório, salas de exposições temporárias, salas de pesquisa e ações educativas e um restaurante, além das áreas administrativas do museu. No pavimento superior ficarão as salas das exposições de longa duração, um belvedere para contemplação da vista e um café.