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Municípios piloto recebem capacitação sobre novos procedimentos de alertas de risco de deslizamentos

A implantação experimental do Manual Técnico faz parte do Projeto Gides, resultado da cooperação técnica entre pesquisadores do Brasil e do Japão, envolvendo Cemaden, Cenad e Defesas Civis Municipais.  A meta é aprimorar os protocolos aplicados sobre alerta e resposta a riscos de deslizamentos, em três municípios piloto, até novembro de 2017 e iniciar a implantação, a partir de 2018, em todos os municípios monitorados no território nacional.

 

As cidades de Blumenau, em Santa Catarina, e de Nova Friburgo e Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, serão as primeiras a utilizarem o novo Manual Técnico de Elaboração e Transmissão de Alertas Antecipados de Risco de Movimentos de Massa. Esses municípios fazem parte do Projeto de Fortalecimento da Gestão Integrada de Riscos e Desastres – Cooperação Brasil-Japão (Projeto Gides) e são considerados piloto no projeto para aprimorar os alertas e ações de resposta em riscos de deslizamentos. Nesse trabalho, no eixo de monitoramento e alertas, estão envolvidos o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden- do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações),  o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad do Ministério da Integração Nacional) e as Defesas Civis Estaduais e Municipais.

A capacitação dos agentes e das equipes de Defesa Civil dos municípios e dos estados piloto tiveram início na semana passada, em Blumenau e se estenderá aos outros dois municípios.  A área de Pesquisa em Geodinâmica do Cemaden está repassando todas as etapas dos alertas de deslizamentos pelo Método Comitê, este baseado em índices de chuvas.

Nas oficinas práticas, os agentes das Defesas Civis são treinados, também, a lidarem com todo o fluxo dos alertas, desde a observação das chuvas, processamento dos dados, interpretação dos gráficos da chuva atual, compreensão dos alertas e ações necessárias, até o feedback,  ou seja,  o envio do relatório detalhado ao Cemaden, no caso de ocorrência relevante. Nesta etapa piloto do Projeto Gides, as definições e treinamentos vão desde a uniformização dos limiares de chuva e sistema de alerta, com simulados, até a fase prática de operação experimental, prevista para ocorrer no mês de novembro deste ano até novembro de 2017, data em que finaliza o Projeto Gides.

Esse novo Manual Técnico e o Protocolo de Operações correspondente, que serão aplicados para aprimorar os alertas de risco de deslizamento e as respostas aos desastres, são o resultado de todo o trabalho do Projeto Gides, realizado desde agosto de 2013. Nesses três anos, foram feitas pesquisas em campo, estudos e reuniões técnicas entre Cemaden, Cenad e Defesas Civis Municipais e Estaduais – em parceria com os pesquisadores japoneses – explica o pesquisador em geodinâmica do Cemaden, Ângelo Consoni.  “A ideia é ganhar sinergia, de forma que esse esforço conjunto das instituições – pela adoção de um sistema padronizado e metodologia de base técnica forte– possibilite evitar ou minimizar, com maior eficiência, os impactos negativos dos deslizamentos sobre as áreas vulneráveis.”, afirma o pesquisador.

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