Para instalar as novas remessas de pluviômetros automáticos nas áreas de risco a desastres naturais, a equipe de Engenharia do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Cemaden-MCTI) – em parceria com a empresa Ativa Soluções, fabricante do equipamento- está dando treinamento técnico aos responsáveis pela operação de instalar e ativar esses equipamentos.
Durante três dias (de 11 a 13 de novembro), receberam capacitação técnica no setor de Engenharia do Cemaden, em Cachoeira Paulista, 20 militares do Comando Militar do Sul, do Sudeste e do Leste, do Exército Brasileiro e 10 servidores da Fundação de Apoio à Capacitação em Tecnologia da Informação (Facti),
instituição parceira do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Atualmente, estão em funcionamento, em todas as regiões do Brasil, cerca de 1.600 pluviômetros automáticos. Até o final deste ano, a meta é colocar em funcionamento mais 900 equipamentos, o que dará o total de 2.500 pluviômetros automáticos no território nacional.
Pelo período crítico das chuvas, está em processo de entrega de equipamentos cerca de 684 pluviômetros automáticos para serem instalados, prioritariamente, nas áreas vulneráveis nos estados das Regiões Sul e Sudeste.
Simultaneamente, estão em andamento, os processos de levantamento dos locais, instalação e funcionamento de cerca de 216 pluviômetros. A partir do ano que vem, continuam os processos de entrega e instalação de outras remessas de pluviômetros em todas as regiões brasileiras.
Os pluviômetros são instalados nas áreas vulneráveis a risco de deslizamento, alagamentos e enxurradas, provocado pelas intensas chuvas, ou até mesmo para a previsão de secas extremas. Os equipamentos medem a quantidade de chuva, permitindo obter informações e estimar a extensão dos prováveis danos decorrentes do desastre natural.
Tecnicamente denominado de Plataforma de Coleta de Dados (PCD), o pluviômetro automático coleta a chuva por sistema mecânico e faz a conversão dos dados para o sistema digital. Tudo isso acoplado a um sistema de transmissão de dados em tempo real, os quais são repassados à Sala de Situação do Cemaden para análise e monitoramento da incidência das chuvas.
“Antes de 2012, o Brasil não contava com a rede de observação ambiental específica para desastres naturais.”, afirma Demerval Gonçalves, analista de informática do Projeto Pluviômetros do Cemaden. “Hoje, além de outros instrumentos de monitoramento, o Cemaden possui, quantitativamente, a maior rede de pluviômetros automáticos do Brasil, cujos dados transmitidos permitem emitir, com antecedência, alertas de ameaças de desastres naturais com maior confiabilidade”
O Cemaden-MCTI atua no sistema da rede nacional de monitoramento e alertas, envolvendo parcerias entre várias instituições, utilizando diversos instrumentos para monitoramento ambiental. Além dos pluviômetros meteorológicos, são analisados os dados vindos dos radares meteorológicos, das plataformas para monitoramento de umidade de solo, além dos pluviômetros semiautomáticos distribuídos nas comunidades das áreas de risco, em 821 municípios monitorados.
O consultor da Unesco e Coordenador Técnico Geral do Projeto Pluviômetro Automático do Cemaden, Cel. João Batista Monteiro Júnior, considera fundamental o trabalho de parcerias junto a diversas instituições para o trabalho de monitoramento e alerta a riscos. “A conscientização sobre a importância do monitoramento e alerta, envolvendo a missão de salvar vidas, são os elementos que motivam as equipes no trabalho conjunto.”, afirma o coordenador.