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Pesquisadoras do Cemaden e da Fiocruz lançam livro sobre impactos dos desastres para a saúde pública do Brasil

Para reflexão e ampliação de debates sobre a ocorrência de um conjunto de desastres – como secas, inundações, escorregamento de terras, derramamento de óleo, rompimento de barragens e pandemia de Covid-19 – foi lançado, neste mês, pela Editora Fiocruz, o livro “Desastres: novos e velhos desafios para a saúde coletiva”, disponível no formato impresso e digital.

As autoras do livro são as pesquisadoras Lucina R. Londe, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) – e Vânia Rocha, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Na obra, as biólogas e pesquisadoras abordam os desastres que fazem parte da rotina de diversas regiões do País, já há bastante tempo, assim como as ocorrências mais recentes, como é o caso da emergência sanitária causada pelo novo coronavírus.

Entre as propostas da obra, estão a desnaturalização dos desastres, a análise de forma crítica e com as devidas responsabilizações, além de mostrar a importância de ampliar as redes de informação para a compreensão e a percepção de risco.

“Muitas vezes, os brasileiros já estão tão acostumados com a seca, por exemplo, que deixam de enxergá-la como um desastre. No livro, nós convidamos o leitor a esse estranhamento para, em seguida, pensarmos na desnaturalização dos desastres”, afirma a pesquisadora do Cemaden, Luciana Londe. Destaca, também,   o conhecimento necessário para a compreensão dos desastres e para o fomento das práticas de redução de risco.

A abordagem conceitual e os fatores que levam ao desencadeamento dos desastres e sua intensificação – relacionando os eventos à economia, impactos na saúde e qualidade de vida da população – são as propostas ao diálogo. “Quando a saúde pública e os desastres se juntam e se sobrepõem, eles trazem novos desafios para a gestão, para a produção de conhecimento científico e, também, para a prestação de serviços”, alerta a pesquisadora da Fiocruz, Vânia Rocha.

Desastres e saúde

Em cinco capítulos, as pesquisadoras transitam por interações entre desastres e saúde, apresentam e classificam ameaças naturais e ameaças tecnológicas e discorrem sobre os desafios da saúde coletiva diante dessas ocorrências.

As autoras enfatizam também os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e a Agenda 2030, pactos formulados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que, segundo elas, “estão em consonância com a redução de riscos de desastres (RRD)”.

 O livro “Desastres: novos e velhos desafios para a saúde coletiva” está disponibilizado nos seguintes links:

Fonte: Ascom/Cemaden com Ascom/Fiocruz

 

 

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