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São altos os riscos de incêndios florestais na Amazônia

O portal Observatório da Terra (Earth Observatory) da Administração Nacional do Espaço e da Aeronáutica (NASA), dos Estados Unidos, em divulgação recente, alerta para grandes riscos de incêndios florestais na Amazônia. Segundo Liana O. Anderson, pesquisadora do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, citada na matéria, o modelo desenvolvido em 2011, por pesquisadores da Universidade da Califórnia e NASA, utiliza dados de temperatura do oceano para prever risco de fogo na Amazônia, devido a interação entre oceano e atmosfera, que influencia a ocorrência de chuvas da região. Esse modelo aponta para alto risco de incêndio para a região, durante a estação de seca, nos meses de julho a outubro.

“Nas pesquisas que estamos desenvolvendo em colaboração com o grupo TREES (Tropical Ecosystemsand Environmental Sciences Group) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), pudemos demonstrar – através do método de máxima entropia – que pastagens, desmatamento anual e vegetação secundária são as variáveis mais eficazes para prever a distribuição de ocorrências de focos de calor na Amazônia”, afirma a pesquisadora do Cemaden.

“O ciclo hidrológico da Amazônia está em transformação.”, explica a pesquisadora. “Grandes cheias e secas têm ocorrido em curtos intervalos de tempo. Em 2005, 2010 e 2015 foram registrados grandes incêndios florestais, cenário possível para se repetir neste ano”, completa. Esses estudos também estão demonstrados no artigo sobre impactos da seca de 2010 e o balanço de carbono na Amazônia, revelado por medições atmosféricas.

Seca no Acre

Devido a falta de chuvas e o baixo nível dos principais rios no estado do Acre, a seca de 2016 já apresenta fortes impactos socioambientais. Além do alto risco de proliferação de incêndios florestais, os impactos na região vão desde o problema de abastecimento de água para consumo, a redução de produtividade agropastoril, a dificuldade de transporte por meio de hidrovias, entre outros.

O Cemaden está monitorando e acompanhando a região, elaborando um relatório sobre o Panorama hídrico no estado do Acre e os impactos da seca, disponibilizado, desde a semana passada, no link : http://www2.cemaden.gov.br/panorama-hidrico-no-estado-do-acre-diagnostico-perspectivas-e-impactos-potenciais-relacionados-a-situacao-de-seca-14072016/

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