Duração da Seca
De acordo com os dados de SPI, verifica-se que a seca mantém-se principalmente nas porções oeste e norte da Região Nordeste. Em alguns pontos isolados nos Estados do Maranhão, Piauí, Ceará e Pernambuco, a seca vigente já dura por mais de vinte e um meses (áreas em vermelho). Em razão dos acumulados de chuva observados no mês de novembro, nota-se uma situação mais amena principalmente na porção leste da Região Nordeste. Ressalta-se que a estação chuvosa ainda não teve inicio na região, como pode ser observado no mapa de quadras chuvosas.
Avaliação das condições de seca de acordo com o índice Integrado de Seca (IIS)
A avaliação do IIS para o mês de dezembro indica condições de Seca Moderada em 363 municípios, inseridos principalmente nos Estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e norte da Bahia. Em relação ao mês anterior (novembro), o número de municípios em condição de seca severa aumentou de 1 para 16.
- AL
- SE
- MA
- CE
- RN
- PE
- PB
- BA
- ES
- MG
- PI
Índice VSWI: Porcentagem do município impactado pela seca (áreas de pastagens) no mês de Dezembro de 2017
Em relação ao mês anterior (novembro), as áreas cobertas por pastagens, impactadas pela seca se mantiveram principalmente na porção leste da Região Nordeste, impactando principalmente a Paraíba e o norte da Bahia. De acordo com o índice VSWI, 390 municípios apresentaram pelo menos 50% de suas áreas impactadas no mês de dezembro de 2017.
Influencias climáticas na escala sub-sazonal a sazona
Na escala climática sazonal, as águas superficiais permanecem mais frias do que o normal ao longo do Pacífico Equatorial e próximo das costas do Peru e Chile, persistindo o cenário de La Niña com intensidade fraca. As previsões indicam que este fenômeno deverá perdurar até o outono do hemisfério sul (MAM). Embora para algumas regiões os eventos de La Niña sejam historicamente associados com chuvas normais a acima da média (principalmente no norte do semiárido), a previsão climática sazonal (MCTIC) para JFM/2018 indica que é mais provável que os totais de chuva se mantenham abaixo do normal em grande parte do Semiárido. Essa previsão é decorrente da situação observada no Oceano Atlântico, que se encontra mais quente ao norte que ao sul do Equador. Na porção sul do Semiárido a previsão em escala de médio prazo (segunda e terceira semana de janeiro) indica condições desfavoráveis para a chuva. Em contrapartida, um pulso da OMJ vem se configurando no Oceano Índico em Dezembro e pode trazer um reflexo levemente positivo nas chuvas no final do mês de Janeiro.