Capa » Monitoramento » Situação Atual e Previsão Hidrológica para o Sistema Cantareira 06/09/2016

Situação Atual e Previsão Hidrológica para o Sistema Cantareira 06/09/2016

A precipitação média espacial, acumulada no mês de agosto de 2016, foi de 50,6 mm (44,2[1]mm), o que representa 137,1% (119,8%[1]) da média climatológica do mês (36,9[1]mm). A precipitação média espacial, acumulada no mês de setembro de 2016, foi de 15,4 mm (19,8[1]mm), o que representa 16,7% (21,5%[1]) da média climatológica do mês (91,9[1]mm).

A vazão média afluente ao Sistema Cantareira (Sistema Equivalente + Paiva Castro) no mês de agosto de 2016, foi 19,34 m3/s (Figura 2), 20,8% abaixo da vazão média mensal de 24,41 m3/s (período 1930-2013), e para o mesmo período, a extração média de água do Sistema Cantareira foi de 23,08 m3/s, segundo dados da SABESP e do GTAG-Cantareira/ANA: situação dos reservatórios. A vazão média afluente ao Sistema Cantareira (Sistema Equivalente + Paiva Castro) no mês de setembro de 2016, foi 19,31 m3/s (Figura 2), 24,1% abaixo da vazão média mensal de 25,43 m3/s (período 1930-2013), e para o mesmo período, a extração média de água do Sistema Cantareira foi de 23,35 m3/s, segundo dados da SABESP e do GTAG-Cantareira/ANA: situação dos reservatórios.

O Sistema opera hoje, 06 de setembro de 2016, com 57,9% do volume total autorizado (1269,5 hm3), correspondente ao volume útil mais as duas reservas técnicas (volume morto 1 + volume morto 2).

As previsões baseadas no modelo ETA/CPTEC/INPE, no modo de conjunto, para a região de abrangência indicam possibilidade de ocorrência de chuva fraca e localizada nos próximos 7 dias 7. 

[1] De acordo com o site da SABESP, http://www2.sabesp.com.br/mananciais/.

Figura 1. Precipitação observada acumulada (em mm) nos pluviômetros do CEMADEN e DAEE/SAISP nas sub-bacias de captação do Sistema Cantareira (contornos em preto). As cores representam alturas topográficas com relação ao nível do mar de acordo com a escala da direita. (*) pluviômetros sem dados em alguns dias. (s/d) indica pluviômetro sem dados.

Figura 2. Previsão de precipitação acumulada em mm nos próximos 3 e 7 dias para a bacia de captação do Sistema Cantareira, segundo a previsão por conjuntos (média de 7 previsões semelhantes em que a cada previsão é iniciada com o estado da atmosfera ligeiramente diferente) do modelo numérico ETA/CPTEC/INPE. A área da bacia de captação do Sistema Cantareira é indicada na Figura com linha preta espessa.

A Figura 3 mostra a projeção da vazão média mensal afluente em m3/s do modelo hidrológico PDM/CEMADEN[2] (Probability-Distributed Model/CEMADEN), usando a previsão de precipitação do modelo ETA para os próximos 7 dias e, na sequência, considerando 5 cenários de precipitação: média climatológica, 25% abaixo, 50% abaixo, 25% acima e 50% acima da média climatológica, até 31 de março de 2017.  Nesta simulação foram incluídos cenários de temperaturas máximas e mínimas.

[2] PDM/CEMADEN é um modelo hidrológico implementado no CEMADEN para calcular a vazão afluente na bacia de captação do Sistema Cantareira. Utiliza dados diários de precipitação e evapotranspiração potencial para calcular vazão afluente.

Figura 3. As linhas tracejadas apresentam cinco projeções de vazão média mensal afluente, em m3/s, ao Sistema Cantareira (Sistema Equivalente + Paiva Castro) com a previsão do ETA/CPTEC/INPE para os próximos 7 dias e, na sequência, para os cenários: precipitação 50% abaixo da média climatológica (linha vermelha), 25% abaixo da média climatológica (linha amarela), na média climatológica (linha cinza), 25 % acima da média climatológica (linha verde) e 50% acima da média climatológica (linha azul). O início das projeções corresponde à vazão média prevista para os próximos 7 dias e na sequência para a vazão projetada para cada cenário. A linha preta corresponde à vazão média mensal climatológica para o período 1930-2013, em laranja à vazão média mensal de abr/2015 a mar/2016 e em roxo de jan a 06/set/2016.

Da análise da evolução hipotética das chuvas até 31 de março de 2017, usando as simulações do modelo hidrológico (Figura 3) e considerando a extração total do Sistema Cantareira para os próximos sete dias igual a 23,42 m3/s e para os próximos meses igual a 28,5 m3/s (Qesi = 25,0 m3/s e Qjus = 3,5 m3/s, de acordo com o comunicado conjunto ANA/DAEE N° 259), para os cenários de precipitações pluviométricas na média climatológica, 25% e 50% abaixo, e 25% e 50% acima da média climatológica, o chamado volume morto não seria utilizado novamente antes de 31 de março de 2017 (vide tabela resumo).

Resumo das previsões para o período de 07/set/2016 a 31/mar/2017 para os cinco cenários de precipitação, considerando a extração total (Qesi + Qjus) igual a 23,42 m3/s para os primeiros 7 (sete) dias (média de extração dos últimos 7 dias, segundo o site da SABESP) e, na sequência, igual a 28,5 m3/s, de acordo com o comunicado conjunto ANA/DAEE N° 259, para os próximos meses.

Cenários Precipitação
  50% abaixo 25% abaixo Média 25% acima 50% acima
% do volume útil (982 hm³) em 30/Set/2016 43,9% 44,3% 44,6% 44,9% 45,3%
% do volume útil (982 hm³) em 31/dez/2016 33,3% 40,2% 48,8% 57,1% 66,5%
% do volume útil (982 hm³) em 31/mar/2017 25,4% 48,6% 77,8% 100% 100%

FAÇA O DOWNLOAD DO RELATÓRIO NA INTEGRA

A partir do dia 05 de agosto de 2016, o relatório “Situação Atual e Previsão Hidrológica para o Sistema Cantareira” será publicado com frequência quinzenal.

Confira também

MONITORAMENTO DE SECAS E IMPACTOS NO BRASIL – SETEMBRO/2021

A. ÍNDICE INTEGRADO DE SECA (IIS) PARA O BRASIL:  SETEMBRO/2021 Índice Integrado de Seca (IIS) …