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Situação Atual e Previsão Hidrológica para o Sistema Cantareira 15/06/2018

A precipitação média espacial, acumulada durante a estação chuvosa de outubro de 2017 a março de 2018, baseado nas redes pluviométricas cobrindo as sub-bacias de captação do Sistema Cantareira, foi de 959,0 mm (923,91 mm), equivalente a 81,7% (78,7%1) da média climatológica para o período (1.173,71 mm) (Figura 1). A precipitação média espacial acumulada no período de 01 de abril a 15 de junho de 2018 foi de 65,0 mm (55,01mm), o que representa 16% (13,5%1) da média climatológica para a estação seca, compreendida entre abril a setembro (407,21mm) (figura 1).

A vazão média afluente ao Sistema Cantareira (Sistema Equivalente + Paiva Castro) durante a estação chuvosa de outubro de 2017 a março de 2018, de acordo com dados da SABESP[1] e do GTAG-Cantareira/ANA[2] foi igual a 30,3 m3/s (44,8% abaixo da média histórica mensal/1983-2017) e a extração média foi igual a 28,6 m3/s, no mesmo período. A vazão média afluente ao Sistema Cantareira no período de 01 de abril a 15 de junho de 2018 foi 15,7m3/s, 53% abaixo da vazão média mensal na estação seca 33,4 m3/s, e para o mesmo período, a extração média de água do Sistema Cantareira foi de 29,9 m3/s. O Sistema opera hoje, 15 de junho de 2018, com 45,4% do volume útil (982,0 hm3).

As previsões baseadas no modelo numérico GFS/NOAA[3] indicam que nos próximos 3 dias não são esperadas precipitações expressivas para a região de abrangência da Bacia (figura 2 – esquerda). No entanto, no acumulado de 10 dias (figura 2 – direita) há previsão de um volume maior de chuva dentro da bacia e não se descartam acumulados mais significativos na região de cabeceira. O volume total previsto está próximo da média histórica para este período. A figura 3 mostra as previsões (tendência) de chuva para a segunda semana, onde, na bacia do Cantareira, não há previsão de chuva.

[1] SABESP: Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo/Situação dos Mananciais.

[2] GTAG-Cantareira/ANA: Grupo Técnico de Assessoramento para gestão do Sistema Cantareira/Agência Nacional de Águas.

[3] GFS/NOAA: Global Forecast System/ National Oceanic and Atmospheric Administration

Figura 1. Precipitação observada (mm) nas sub-bacias de captação do Sistema Cantareira (contornos em preto) para a estação chuvosa, de outubro de 2017 a março de 2018 (superior esquerda), e para a estação seca, de 01 de abril a 15 de junho de 2018 (superior direita), e localização dos pluviômetros operantes (pontos magenta), sendo 27 do CEMADEN e 07 do DAEE/SAISP (inferior). As cores da figura inferior, de acordo com a escala da legenda, representam as alturas topográficas com relação ao nível do mar.

Figura 2. Previsão de precipitação acumulada em milímetros (mm) nos próximos 3 (esquerda) e 10 (direita) dias para a bacia de captação do Sistema Cantareira, segundo a previsão do modelo numérico GFS/NOAA. A área da bacia de captação do Sistema Cantareira é indicada na Figura com linha preta espessa.
Figura 3. Previsão de precipitação em milímetros (mm) para a segunda semana. Tem-se o modelo brasileiro do CPTEC-INPE-MCTI (esquerda) e o modelo numérico americano GFS/NCEP/NOAA (direita).

A figura 4 apresenta, além das vazões médias mensais observadas, as projeções de vazão média mensal afluente (em m³/s), usando a previsão de precipitação do modelo GENS/NOAA (para o período 16 a 25 de junho de 2018), e cenários de precipitação para o período de 26 de junho a 31 de março de 2019. Foram considerados cinco diferentes cenários de precipitação: média climatológica, 25% acima da média climatológica, 25% e 50% abaixo da média climatológica e um cenário crítico de precipitações iguais às ocorridas entre 26 de junho de 2013 a 31 de março de 2014.

Figura 4. Cenários de vazão natural média mensal (em m³/s) afluente ao Sistema Cantareira (linhas tracejadas): precipitação 50% abaixo da média climatológica (verde); precipitação 25% abaixo da média climatológica (azul claro); na média climatológica (cinza); 25% acima da média climatológica (azul escuro); e cenário crítico (período de 2013/2014) (laranja). As linhas espessas representam as vazões médias mensais observadas, de acordo com a SABESP: média histórica (preto); mínimos mensais (marrom); de abril de 2017 a março de 2018 (magenta); e de abril a 15 de junho de 2018 (roxo).

Da análise da evolução hipotética das chuvas até 31 de março de 2019, usando as simulações do modelo hidrológico (figura 4) e considerando a vazão de extração total (Qesi e Qjus), no período de junho de 2018 a março de 2019, de acordo com as regras condicionais estabelecidas pela resolução conjunta ANA/DAEE N°925, no cenário de precipitações pluviométricas na média climatológica, o reservatório estaria com 539,8 hm³, correspondente a 55,0% de sua capacidade.

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