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Situação Atual e Projeção Hidrológica para o Sistema Cantareira 06/12/2018

A precipitação média espacial, acumulada durante o período de 01 de outubro a 30 de novembro de 2018, que corresponde a estação chuvosa, baseado nas redes pluviométricas cobrindo as sub-bacias de captação do Sistema Cantareira (7 pluviômetros do DAEE/ SAISP[1] e 23 pluviômetros em operação do CEMADEN), foi de 400 mm (3961mm), o que representa 35,2% (35,0%1) da média climatológica do período chuvoso (11331mm). Para o mês de novembro de 2018, a precipitação média espacial foi de 149 mm (1321mm), o que representa 99% (87%1) da média climatológica para este mês (151 mm).

A vazão média afluente ao Sistema Cantareira (Sistema Equivalente + Paiva Castro) durante o período de 01 de outubro a 30 de novembro de 2018, de acordo com dados da SABESP[2] e da ANA[3] foi de 24,8 m3/s, 49,6% abaixo da vazão média para a estação chuvosa (50 m3/s). Para o mesmo período, a vazão de extração total foi de 27,4 m³/s e a vazão de interligação com o Sistema Paraíba do Sul foi de 7,2 m³/s. Ainda de acordo com a mesma fonte, para o mês de novembro de 2018, a vazão média afluente foi 26,2 m3/s, o que representa uma redução de 16,5% em relação à vazão média mensal histórica (31,3 m3/s). Para o mesmo período, a extração média de água do Sistema Cantareira para o sistema elevatório Santa Inês (Qesi), que abastece a cidade de São Paulo, foi de 24,4 m3/s, e a vazão de jusante (Qjus) que contribui com a bacia dos rios Piracicaba, Capivari, Jundiaí (bacia PCJ) foi de 3,51 m³/s. Juntas, estas duas vazões representam a extração total do sistema Cantareira, que foi de 27,55 m³. Ainda no mês de novembro, a vazão de interligação com o Sistema Paraíba do Sul foi de 6,9 m³/s.

As previsões baseadas no modelo numérico GFS/NOAA[4] indicam que nos próximos 10 dias são esperadas precipitações irregulares e com valores acumulados inferiores à média histórica na região de abrangência da Bacia (Figura 2). A Figura 3 mostra as previsões (tendência) de chuva para a segunda semana, sendo que na bacia do Cantareira estão previstas precipitações mais abundantes em comparação com os próximos 7 dias, com volumes totais próximos ou ainda  ligeiramente inferiores à média histórica.

[1] DAEE / SAISP: Departamento de Águas e Energia do Estado de São Paulo / Sistema de Alerta a Inundações de São Paulo.

[2] SABESP: Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo/Situação dos Mananciais.

[3] ANA: Agência Nacional de Águas.

[4] GFS/NOAA: Global Forecast System/ National Oceanic and Atmospheric Administration

Figura 1. Precipitação acumulada (em mm) nas sub-bacias de captação do Sistema Cantareira (contornos pretos) para o período de outubro e novembro de 2018, (direita) e localização dos pluviômetros operantes (pontos magenta), sendo 23 do CEMADEN e 07 do DAEE/SAISP (esquerda). As cores das figuras representam a quantidade de precipitação (mm) e as alturas topográficas com relação ao nível do mar (m), de acordo com a escala da legenda.

Figura 2. Previsão de precipitação acumulada em milímetros (mm) nos próximos 3 (esquerda) e 10 (direita) dias para a bacia de captação do Sistema Cantareira, segundo a previsão do modelo numérico GFS/NOAA. A área da bacia de captação do Sistema Cantareira é indicada no centro da figura com linha preta espessa.
Figura 3. Previsão de precipitação em milímetros (mm) acumulados (esquerda) e sua respectiva anomalia em relação aos valores climatológicos (direita) para a segunda semana de acordo com o modelo numérico americano GFS/NCEP/NOAA.

A figura 4 apresenta, apresenta, apresenta, além das vazões médias mensais observadas, as projeções de vazão média mensal afluente (em m³/s), usando a média dos membros de previsão de vazão para o período 06 a 15 de novembro de 2018 (conforme apresentado na figura 7), e cenários de precipitação para o período de 16 de dezembro de 2018 a 31 de março de 2019. Foram considerados cinco diferentes cenários de precipitação: média climatológica, 25% acima da média climatológica, 25% e 50% abaixo da média climatológica e um cenário crítico de precipitações iguais às ocorridas entre 16 de dezembro de 2013 a 31 de março de 2014. As simulações indicam que, considerando um cenário de chuva na média histórica, a vazão média mensal no período de dezembro de 2018 a março de 2019, no Sistema Cantareira, seria 53 m3/s, o que representa 88% da média histórica desse período (60 m3/s).

Figura 4. Cenários de vazão natural média mensal (em m³/s) afluente ao Sistema Cantareira (linhas tracejadas): precipitação 50% abaixo da média climatológica (verde); precipitação 25% abaixo da média climatológica (azul claro); na média climatológica (cinza); 25% acima da média climatológica (azul escuro); e cenário crítico (período de 2013/2014) (laranja). As linhas espessas representam as vazões médias mensais observadas, de acordo com a SABESP: média histórica (preto); mínimos mensais (marrom); de abril de 2017 a março de 2018 (magenta); e de 01 de abril a 05 de novembro de 2018 (roxo).

Da análise da evolução hipotética das chuvas até 31 de março de 2019 utilizando: a previsão e as projeções de vazões; vazão de extração para a estação elevatória Santa Inês (Q esi) de acordo com as regras condicionais estabelecidas pela resolução conjunta ANA/DAEE Nº 925; vazão defluente (Q jusante) para as bacias do PCJ (rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) igual à média praticada nos anos 2014 a 2016, para as estações seca e chuvosa; e aporte de interligação com a bacia do Rio Paraíba do Sul, cuja vazão média é 5,13 m³/s, para os períodos em que a simulação indique condição de armazenamento abaixo de 60% da capacidade do reservatório, de acordo com as regras estabelecidas pela Resolução conjunta ANA/DAEE Nº 925 e Resolução ANA Nº 1.931, no cenário de precipitações pluviométricas na média climatológica, o reservatório estaria em 31 de março de 2019 com 630,1 hm³, correspondente a 64% de sua capacidade. Na simulação sem a interligação com a bacia do Rio Paraíba do Sul, o reservatório estaria com aproximadamente 589,4 hm³ (60%).

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