Em fase experimental, foi testada a plataforma “Esfinge Virtual Lab” nas bases de dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), plataforma projetada para criar laboratórios virtuais e executar tarefas de modo rápido e prático, tanto na análise como no processamento de dados para o monitoramento de risco de desastres naturais nos municípios monitorados pelo Cemaden.
Desenvolvida pelo Laboratório Associado de Computação e Matemática Aplicada (LABAC), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o protótipo está em fase final de testes com dados do Cemaden e também com os dados do Programa Embrace (Estudo e Monitoramento Brasileiro do Clima Espacial) do INPE.
O Esfinge Virtual Lab utiliza técnicas inovadoras de arquitetura de software podendo ser aplicado no Cemaden para rápida criação de experimentos e produtos a partir dos dados na instituição. Estes experimentos incluem extração de dados tabulares, gráficos e mapas. As informações obtidas são úteis tanto para o monitoramento quanto para a pesquisa na análise dos dados e geração de conhecimento. Além disso, a plataforma colabora no reuso de código e otimiza o esforço de programação.
“A ideia é avançar na colaboração de desenvolvimento da plataforma de forma a permitir o acesso integrado, único e simplificado a dados com distintas APIs (Interface de Programação de Aplicativos), tais como dados meteorológicos tabulados, arquivos de modelos e imagens de radar. Estes avanços têm potencial para desonerar, gradativamente, o esforço de programação, auxiliando os pesquisadores e tecnologistas na geração de novos experimentos e produtos.”, afirma o tecnologista da área de Tecnologia da Informação do Cemaden, Fernando de Oliveira Pereira, que vem acompanhando o desenvolvimento dessa plataforma no Cemaden.
Outro destaque da plataforma está na utilização de uma técnica de programação declarativa, baseada na configuração de metadados, o que permite ao usuário se concentrar mais na análise e no processamento dos dados e menos em questões periféricas, como por exemplo, a busca e a visualização de dados.
Apesar de a plataforma ainda ser um protótipo, os resultados iniciais são bastante promissores, afirma o coordenador do projeto, Eduardo Guerra, do LABAC/INPE. “Foi possível extrair informações, executar análises e gerar gráficos a partir das informações das bases de dados, com uso de componentes simples e de muito pouco código de programação”, destaca o pesquisador.
Fonte: Ascom/Cemaden com INPE