[1] DAEE / SAISP: Departamento de Águas e Energia do Estado de São Paulo / Sistema de Alerta a Inundações de São Paulo.
A vazão média afluente ao Sistema Cantareira (Sistema Equivalente + Paiva Castro) de 01 de outubro de 2019 a 31 de janeiro de 2020, de acordo com dados da SABESP[2] e da ANA[3] foi 23 m3/s, 47% da vazão média para a estação chuvosa (50 m3/s). Para o mesmo período, a vazão média de extração total foi 30 m³/s e a vazão média de interligação com o Sistema Paraíba do Sul foi de 5,1 m³/s.
[2] SABESP: Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo/Situação dos Mananciais.
[3] ANA: Agência Nacional de Águas.
Para o mês de janeiro de 2020, a vazão média afluente foi 40,5 m3/s, o que representa 59% da vazão média mensal histórica (68 m3/s). Para o mesmo período, a extração média de água do Sistema Cantareira para o sistema elevatório Santa Inês (Qesi), que abastece a região metropolitana de São Paulo, foi 22,5 m3/s, e a vazão de jusante (Qjus) que contribui com a bacia dos rios Piracicaba, Capivari, Jundiaí (bacia PCJ) foi de 3,5 m³/s. Juntas, estas duas vazões representam a extração total do sistema Cantareira, que foi 26,1 m³/s. Ainda no mês de janeiro, a vazão média de interligação com o Sistema Paraíba do Sul foi 5,0 m³/s.
Nos próximos dias há previsão de chuvas generalizadas e com acumulados pluviométricos expressivos, provavelmente superiores à média histórica da época na bacia do Sistema Cantareira, conforme se mostra na Figura 2. As previsões (tendência) de chuva para a segunda semana, apresentadas na Figura 3, apontam totais pluviométricos próximos à média histórica.
A figura 4 apresenta, além das vazões médias mensais observadas, as projeções de vazão média mensal afluente (em m³/s), usando a média dos membros de previsão de vazão para o período 01 a 10 de fevereiro de 2020, e cenários de precipitação para o período de 11 de fevereiro a 30 de abril de 2020. Foram considerados cinco diferentes cenários de precipitação: média climatológica, 25% acima da média climatológica, 25% e 50% abaixo da média climatológica e um cenário crítico de precipitações iguais às ocorridas entre fevereiro a abril de 2018. As simulações indicam que, considerando um cenário de chuva na média histórica, a vazão média no período de fevereiro a abril de 2020 seria 45 m3/s, o que representa 80% da média histórica desse período (56 m3/s). Ainda de acordo com esta simulação, no cenário crítico, a vazão para o mesmo período seria, aproximadamente, 33 m³/s, representando 60% da vazão média histórica do período.
A figura 5 apresenta as projeções da evolução do volume útil armazenado nos reservatórios do Sistema Cantareira utilizando: a previsão e projeções de vazões; vazão de extração para a estação elevatória Santa Inês (Q esi) de acordo com as regras condicionais estabelecidas pela resolução conjunta ANA/DAEE Nº 925; vazão defluente (Q jusante) para as bacias do PCJ (rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) igual à média praticada nos anos 2014 a 2016, para as estações seca e chuvosa; e aporte de interligação com a bacia do Rio Paraíba do Sul, cuja vazão média é 5,13 m³/s. No cenário de precipitações pluviométricas na média climatológica, no início da próxima estação seca, no final de abril de 2020, o volume armazenado no Sistema Cantareira, considerando a interligação, seria aproximadamente 582 hm3 (59% de 982 hm3, volume útil do Sistema Cantareira). Na simulação sem a interligação com a bacia do Rio Paraíba do Sul, o volume armazenado seria, aproximadamente, 542 hm³ (55%) para 30 de abril de 2020.
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