Professor e estudantes bolsistas do CNPq/MCTI, com apoio de pesquisadores do Cemaden, mostraram que as informações do monitoramento das chuvas utilizando pluviômetros artesanais ꟷ associadas às atividades e oficinas científicas sobre prevenção e vulnerabilidades de risco de desastres ꟷ podem ser aplicadas no sistema comunitário de alerta de risco de deslizamentos, nas comunidades localizadas em áreas de risco de deslizamentos.
A Escola Estadual Maria Helena Duarte Caetano, localizada no bairro Cota 200 em Cubatão (SP), com apoio da Defesa Civil Municipal, apresentou os resultados das pesquisas no monitoramento diário de chuvas, utilizando os pluviPETs (pluviômetros artesanais feitos com material de garrafas de material PET), mostrando que a metodologia traz informações confiáveis para a aplicabilidade em um sistema comunitário de alerta de risco de deslizamentos, nas comunidades localizadas em áreas de risco geológico.
A pesquisa realizada pela escola de Cubatão vem sendo desenvolvida junto aos pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) ꟷ unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) ꟷ dentro do projeto “Prevenção de deslizamentos se aprende na escola: ciência cidadã em redução de risco de desastres”, integrante do Programa Ciência na Escola.
A escola se encontra em uma área de risco geológico e o projeto está sendo desenvolvido com pesquisadoras de Iniciação Científica Júnior orientadas pelo professor da disciplina de Geografia, Rafael de Almeida Lucas e por pesquisadores do Cemaden, envolvendo as equipes do Projeto RedeGeo e do Programa Cemaden Educação.
Trabalho de monitoramento da escola
O trabalho científico desenvolvido pela escola de Cubatão mostra que os resultados ideais do monitoramento diário de chuvas efetuado com pluvioPETs. Comparada às informações dos pluviômetros automáticos (disponibilizados ao público pelo Mapa Interativo do Cemaden), a variação de valores observada no pluvioPET não deve impedir a aplicabilidade em um sistema comunitário de alerta de risco, considerando o histórico de volumes de chuva necessários para causar deslizamentos na região.
Os dados de monitoramento de chuva são publicados em boletins semanais e mensais disponíveis no Facebook e no Instagram do Projeto Ciência Cidadã na Baixada Santista, em coordenação do Cemaden, tem a participação da Unifesp-Campus de Santos, e das Escolas Estaduais Maria Helena Duarte Caetano (Cubatão) e Dep.Emílio Justo (Santos), podendo ser acessados pelos endereços:
https://m.facebook.com/Ci%C3%AAnciaCidad%C3%A3-na-Escola-100567134964500/
https://www.instagram.com/cienciacidadanaescola/
Com o objetivo de contribuir para a resiliência da comunidade auxiliada pela ciência cidadã, o trabalho científico desenvolvido pela escola do Bairro Cota 200 foi apresentado no VII Congresso Nacional de Educação (CONEDU), realizado em Maceió (AL), em transmissão online, no mês de outubro do ano passado, com a temática “Educação como (re)Existência: mudanças, conscientização e conhecimentos”.
O trabalho na íntegra apresentado pela escola de Cubatão, intitulado “ Monitoramento de chuvas e deslizamentos em escolas públicas localizadas em áreas de risco geológico: a experiência na Escola Estadual Maria Helena Duarte Caetano, bairro Cota 200 em Cubatão-SP, está disponível no link:
https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/68896
Projeto do Cemaden no Programa Ciência na Escola
O Programa Ciência na Escola é destinado ao aprimoramento do ensino de ciências na educação por parte do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Ministério da Educação (MEC), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
No Projeto Ciência na Escola desenvolvido pelo Cemaden estão inseridos professores e estudantes bolsistas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp – Campus de Santos), professores e alunos bolsistas do ensino médio de escolas estaduais, além das Defesas Civis e Secretarias de Educação municipais de Cubatão e de Santos, municípios paulistas da Baixada Santista. As bolsas têm o apoio do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico/MCTI), no projeto aprovado no final de 2019, pela Chamada MCTIC/CNPq Nº 05/2019 – Programa Ciência na Escola – Linha 2 – Ações de intervenção em escolas de educação básica com foco em ensino de ciências.
Aprovado no final de 2019, pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o projeto faz parte do “Programa Ciência na Escola”, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), e está sendo coordenado pelo pesquisador e coordenador do Projeto RedeGeo do Cemaden, Márcio Andrade, em parceria com a equipe de pesquisadoras do Cemaden Educação, de professores e estudantes bolsistas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp – Campus de Santos), professores e alunos bolsistas do ensino médio de escolas estaduais de Santos e de Cubatão, além das Defesas Civis e Secretarias de Educação dos dois municípios.
O projeto permitirá a ampliação das atividades educacionais que já vinham sendo desenvolvidas pelo Cemaden, desde o início de 2019, na Escola Estadual Deputado Emílio Justo (em Santos) e da Escola Estadual Profa. Maria Helena Duarte Caetano (em Cubatão), com participação ativa de alunos do ensino médio. Na época, foram desenvolvidas diversas atividades coordenadas pelo Projeto RedeGeo- em parceria com a equipe do Programa Cemaden Educação – além do apoio das Defesas Civis, Secretarias de Educação, e de gestores e professores das duas escolas. Entre as atividades educacionais realizadas para a percepção de vulnerabilidades de risco de deslizamentos, foram desenvolvidas oficinas de iniciação científicas, trabalhos em campo para mapeamento de áreas de risco, entre outras atividades pedagógicas.
Fonte: Ascom/Cemaden